segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A minha primeira Estrela na Estrela


Serra da Estrela, 6 de Setembro de 2008


Já desde 2001 que um dos "gurus" do BTT em Portugal, o António Malvar, faz uma proposta para um dia épico de pedaladas. Neste caso no primeiro sábado de Setembro pela Serra da Estrela, realizando as 3 mais importantes subidas ao seu topo pelo trilho negro, formando uma estrela de três pontas, e daí designação de Estrela na Estrela.

O percurso normal tem partida na Covilhã, subida até Piornos, descida para Manteigas, seguindo-se a subida até à torre (cruzamento), descida para Seia, subida até aos 1993 m na TORRE e retorno ao local de início.



O António Malvar descreveu da seguinte forma o percurso:

“Para o ano lá estaremos no 1º sábado de Setembro para subir à Torre partindo das Penhas da Saúde mas com 3 "ligeiros" enganos de navegação. Passo a explicar: Logo à saída do hotel Serra da Estrela viramos à direita e só damos pelo facto que deveríamos virar à esquerda quando chegamos à Praça da Câmara Municipal na Covilhã. Conclusão subimos tudo para trás. Passamos de novo pelas Penhas da Saúde e quando chegamos a Piornos enganamo-nos pela 2ª vez, ou seja viramos à direita e mais uma vez só detectamos que estamos errados quando entramos em Manteigas. Depois de alguma discussão sobre por onde seguir lá decidimos voltar tudo para trás até ao cruzamento onde nos tínhamos enganado e aí sim seguir na direcção da Torre. Estamos mesmo a chegar à Torre, já no alto da serra e eis que voltamo-nos a enganar e de novo virando à direita quando deveríamos virar à esquerda. Conclusão descemos tudo até Seia, pasme-se 30 Kms mais abaixo, e só aí decidimos parar por estarmos a sentir que estávamos enganados. Conformados com a nossa pouca sorte lá vamos tudo para trás a subir em direcção à Serra outra vez, passamos o Sabugueiro a Lagoa Comprida e finalmente quase 3 horas depois de sair de Seia lá estamos nós de novo no tal cruzamento que desta vez não falhamos e cheios de alegria e quase lágrimas nos olhos lá chegamos à Torre a 2000 metros de altitude, exaustos mas felizes por termos conseguido acertar finalmente.
Um grande abraço a todos
Antonio Malvar”

Esta fantástica descrição e a boa disposição que contem foi um sinal revelador do espírito que se pode e deve manter ao longo desta aventura, a qual é fundamental para terminar com um sorriso e talvez vontade de voltar noutro ano. O desafio propriamente dito é por um lado o desnível acumulado e distâncias crescentes a vencer em cada vertente, ao qual se junta o instável tempo na montanha. Neste ano de 2008, passei por parte do percurso na véspera da sua realização e estava impraticável, com chuva, vento e nevoeiro muito denso. Cheguei a convencer-me que os dois meses de sonho não passariam disso mesmo. Felizmente que o S. Pedro me presenteou com um dia bonito e condições quase perfeitas para a realização deste desafio. Sol, tempo limpo para se apreciar a grandeza desta serra, ausência de vento e temperaturas entre 14º na Covilhã, 20º em Seia e de 8°C à chegada final à Torre.


Bonito amanhecer.


Quando o despertador tocou às 7:30, vislumbrei uns raios de sol. Fui até à janela e o dia prometia um tempo agradável. Foi só nessa altura que dei por certa a companhia para este dia, após ver uma rodas no interior de uma carrinha monovolume. Uns minutos mais tarde e eis que aparecem dois ciclistas no parque de estacionamento a sentir o frio daquela hora e a contemplar a montanha.

Após montar a minha Bianchi 1885, fui ter com eles à sala de pequeno almoço, fiquei a saber que eram de Évora, que o percurso previsto seria um treino entre duas provas do campeonato nacional de maratonas em BTT no qual participam, que haveria mais ciclistas à hora da partida e reconheci o Filipe Salvado (3º no Serpa 160). Entretanto apareceram o Cláudio e outro companheiro.

Saímos os cinco do Hotel Serra da Estrela às 9:19 nas Penhas da Saúde em direcção à Covilhã. Tentar aquecer pelo caminho foi impossível devido ao marcado desnível e aos muitos ganchos desenhados pela estrada nesta acentuada vertente da Serra. Chegados ao centro da Covilhã, outros cinco nos esperavam, vários triatletas, e após breves minutos de cumprimentos, com a confirmada ausência do António Malvar, coube ao Fernando Carmo, o mais antigo nesta aventura, dar a voz de partida.

A saída da Praça do Município em direcção às Penhas da Saúde, ofereceu-nos uma sucessão de rampas com inclinações crescentes, 6%, 8%, com as pendentes mais acentuadas, na zona da Estalagem Varanda dos Carqueijais e do antigo sanatório, 10% e 12%. Por essa altura o reduzido grupo inicial, já se apresentava desfeito, com os de Évora em maior ritmo, o Fernando Carmo na linha deles, um grupo intermédio de 4, eu e outro (o qual apenas fez duas subidas, sem bluf !!) e por fim o cauteloso Rui Casaleiro com a Epic e pneus de todo o terreno. Eu já tinha lido e relido os escassos comentários que existem na net sobre a "Estrela na Estrela" e as descrições destes 600m de desnível iniciais. Desde que encarei este desafio nunca pensei em desistir, mas ao efectuar aqueles ganchos, com o coração teimosamente a 184 bpm, temi por um único e breve instante que não teria, ainda, capacidade física para vencer a montanha das montanhas de Portugal Continental. Numa dessas curvas, quando ainda acompanhava o grupo de 4, um colega mais experiente também se surpreendia com o facto de já ir a 180 bpm. Decidi abrandar dos vertiginosos 8 km/h para tentar fazer baixar o pulso porque só tínhamos partido à 6 km e ainda faltavam 3600m de desnível para vencer. Fui apanhado por outro que já tinha descolado, segui umas curvas na roda dele e quando se estava a revelar impossível baixar a pulsação, surgiu instantaneamente uma vontade daquelas à qual é melhor responder parado, à qual acedi prontamente, e pensei, 3 coelhos de uma cajadada: fico aliviado, perco a roda do da frente (decisão sempre muito difícil de tomar) e confirmo se o coração não ficou agarrado nas 180 bpm.

Sozinho e já com as Penhas da Saúde na mira, abrandam as grandes dificuldades, deu para ver o espaço criado até aos grupos da frente, nada por aí além, tendo em conta o seu ritmo e a minha determinada gestão de recursos. Ao passar pelo Hotel aproveito para deixar as luvas, recebo incentivos dos meus meninos e sigo para a roda do Rui Casaleiro que não tinha acompanhado o ritmo das asfálticas, mas entretanto tinha chegado. A partir daqui as inclinações reduzem-se, fiquei a saber que o Casaleiro já tinha efectuado esta estrela em 2007 e que estava determinado em repetir novamente as três subidas agora em 2008. Após o violento impacto inicial, tomei a sua disposição e confiança como um tónico de garantia, nesta fase senti verdadeiramente que iria conseguir realizar este desafio com sucesso. O que estava pela frente foi sempre feito na companhia deste BTTista de Leiria, mesmo tendo que esperar pela sandes e mini no Sabugueiro e pela reparação do furo antes de Seia. Era com a certeza e confiança que valia mais uma roda ligeiramente mais lenta (eram uns pneus 2.1 de btt ?!?!), mas com ritmo, assistência ao longo da estrada e determinada em acabar, que alguma tendência em acabar sozinho com uns magros minutos de vantagem. Este companheiro apresentou-se ao início com esta configuração porque está a cumprir um plano de treinos com vista ao Geo-Raid, onde vai ter dificuldades de desnível total na serra da Lousã em Btt, superiores aos aqui experimentados, razão apontada para a Tarmac ficar na garagem.

Com a troca de palavras chega-se com relativa facilidade a Piornos. Ficaram para trás 13,3 km e 923 m de desnível ao longo 1:10h. Voltámos de imediato à direita para embalar até Manteigas, com o sorriso da PRIMEIRA já estar feita e de quanto é bom descer, depois de subir, apesar do frio. A estrada tem um piso razoável e é agradável a entrada naquele vale glaciar, onde nasce o Zêzere, pela longa recta na qual os travões poucas vezes são chamados, até se chegar ao Viveiro das Trutas, após 17 minutos de descida. Entra-se em Manteigas e ao chegar ao ponto de retorno, estão os restantes 8 atletas a prepararem-se para recomeçar. Afinal não estávamos muito atrasados, até podíamos ter feito a subida com eles, mas um cafezinho era o que vinha a calhar.

Iniciou-se a segunda subida do dia e a segunda mais longa com umas rampas inicias de maior declive, para depois serem mantidos uns constantes e agradáveis 5% a 6% de inclinação até ao centro de limpeza de neves. Por diversos momentos reduzimos o ritmo já a pensar na última do dia e até deu para conversar com um grupo de ciclistas que tinham vindo da República Checa (de autocarro), estavam a ir para Bragança para depois descerem até Sagres. São os ecos do TransPortugal além fronteiras, da sua dificuldade física e facilidade de viajar deste modo neste país.

A segunda secção da segunda subida, Piornos-Torre, ofereceu paisagens deslumbrantes, como o contorno do planalto na Nave de Stº António e longas rectas com uma inclinação mais agressiva de 8% a 10% que se avistam com alguns km de distância. O Casaleiro segue na minha roda, passámos um colega que tinha ficado sem forças, e já quase no cruzamento para Seia, quando aproveitamos para encher os bidons na fonte em frente à Santa, chegam outros dois mas já a descer. Para estes triatletas o dia estava feito, eram apenas duas as subidas prometidas e já cumpridas, sem bluf, dizia um deles. Creio que esta era uma boca à sua anterior participação, marcada por constantes ataques, mas por quem não iria realizar a derradeira subida, Seia-Torre. Mais umas vez deu para ver que o atraso não era grande e que a lei era manter o ritmo e o pulso certo.

Na chegada à Rotunda da Torre não efectuámos o desvio até ao marco geodésica. Iniciámos a descida para Seia a grande velocidade. A descida até à Lagoa Comprida é simplesmente fantástica. Começa com longas rectas de declive não muito acentuado que terminam em pequenas subidas que se vencem facilmente com a velocidade entretanto atingida. O declive vai aumentando ao longo da descida até ao Sabugueiro, o que pronunciava muita dificuldade no retorno. Mas a satisfação de já ter vencido DUAS das TRÊS subidas do dia, e o gozo daquelas descidas eram um tónico e uma garantia de que as forças para regressar de Seia não iriam faltar.

No Sabugueiro houve uma longa paragem para almoço com as famílias, eu por mim seguia logo após um café, mas... Já com Seia à vista a Epic com pneu de BTT furou no alcatrão (???), líquido anti-furo seco (parecia um ninho de ratos quando se abriu o pneu), sacar roda, meter câmara de ar ...

Antes do furo, já na descida para Seia, passou por nós o primeiro atleta que já estava a iniciar a subida, ía sozinho. Quando estávamos parados passa o pessoal de Évora e depois o Cláudio e o Fernando. O ritmo deles também era descontraído, com respeito às dificuldades gerais do dia e à Última que tinha acabado de começar. Pelo que tinha lido e visto, esta terceira subida seria a mais difícil, por várias razões: era a 3ª do dia, a mais longa, a de maior desnível a vencer e a que apresentava a maior extensão de rampas com inclinações de 10% e superiores.

Chegados a Seia, meia volta e vamos embora que já tínhamos saudades (-:)) de subir, nem parámos. A saída de Seia é muito má, muito mesmo. 10% de inclinação, péssimo piso, curvas e ganchos. O Casaleiro ficou logo no elástico aí a uns trinta metros. Entre a saída de Seia e a da Covilhã, venha o diabo ou o homem da marreta, e escolha. Mas com a relação 39/29 lá se venceram mais 600m de desnível até às bombas de gasolina, sentadinho e com o coração nos 175 bpm. Esperei pelo Casaleiro e fomos com a descontracção possível até ao Sabugueiro.

Após a ponte no final da aldeia, segunda secção da terceira subida. Sinais de 10% de inclinação são muitos, nomes de ciclistas profissionais escritos no asfalto e nas pedras que ladeiam a estrada, porque será? A sensação geral de que este desafio seria vencido ia crescendo a cada pedalada. Lembro-me que a partir desta zona quando passava pela minha família, sorria e erguia TRÊS dedos da mão direita. A restante subida até às pistas de neve foi feita de forma tranquila, nos 165-175 bpm, sempre com força mas com respeito pelo coração e pela ciência (limiar anaeróbio, blá blá blá..). Aqui e ali esperei pelo Casaleiro que cada vez mais precisava de um elástico maior e que quando me apanhava não se cansava de dizer "Oh João, não te passa o esforço que é fazer isto com estes pneus, tu nas rectas vais embalado e eu tenho que pedalar".

Sigo sozinho pelas rectas finais, alcanço a estância de ski, viro à direita e desta vez, sem enganos, a Torre de pedra era o meu destino. A última recta, uma dificuldade superior à inclinação discernível visualmente, seria do ar rarefeito ou da emoção de concretizar este desafio. A força que nunca faltou ditou a sua lei !!


Quatro anos após comprar a minha BIANCHI, deixei a bomba da asma ficar no bolso e ganhei este desafio.

A emoção tinha a sua razão de ser.!!

Onde estão os flashs?


EU FIZ UMA ESTRELA NA ESTRELA.


A satisfação de chegar ao dito sítio...


Chegar ao topo de Portugal Continental, após vencer de forma consecutiva estas três vertentes da Serra da Estrela é provavelmente o maior desafio de cicloturismo que se realiza em Portugal. Lance Armstrong disse em determinada altura que: "...I did not do it for the pleasure, I did it for the pain...". Mas neste dia eu não subscrevi estas palavras. Não sofri nada de especial e a sensação de satisfação ia crescendo ao ritmo que as rampas iam ficando para trás. Foi um dia em cheio, acreditem !


Concluí o dia com o regresso de bicicleta até às Penhas da Saúde para desfrutar das descidas e das belas paisagens desta serra que eu fiquei a adorar. E esta parte do percurso também me surpreendeu, encontrei aqui a derradeira subida mas a mais fácil de fazer deste longo dia, depois da Nave de Stº António até ao centro de limpeza de neves, 18-20 km/h. Um dia de força a acabar em força!

Dos 10 atletas que partiram creio que 7 completaram o desafio das 3 subidas, mas dou os parabéns a todos os que por lá andaram. Tal como disse o Fernando Carmo, em termos de balanço final posso também dizer que foi cumprida com sucesso e alguma facilidade.



Alguns números:

Desnível acumulado 3970m

Distância total: 124,2 km

Tempo a pedalar: 6:56:19

Tempo total: 8:29:45

Velocidade média: 17,9 km/h

Calorias consumidas: 6399






1ª Descida Penhas da Saúde - Covilhã: 10,2 km; 39,6 km/h; 0:15 h; -800 m ; -7,8%; 105 bpm; 14ºC

1ª Subida Covilhã - Piornos: 13,3 km; 11,3 km/h; 1:10 h; +923 m ; +6,9%; 170 bpm; 12ºC

2ª Descida Piornos - Manteigas: 14,0 km; 36,2 km/h; 0:23 h; -825 m ; -5,8%; 119 bpm; 17ºC

2ª Subida Manteigas - Torre (cruzam.): 20,5 km; 12,4 km/h; 1:39 h; +1199 m , +5,6%; 158 bpm; 14ºC

3ª Descida Torre - Seia: 27,4 km; 35,2 km/h; 0:46 h; -1390 m , -5,1%; 115 bpm; 20ºC

3ª Subida Seia - Torre: 28,4 km; 12,0 km/h; 2:21 h; +1594 m , +5,1%; 161 bpm; 8ºC

4ª Descida Torre - Penhas da Saúde: 10,6 km; 39,6 km/h; 0:17 h; -503 m , -4,7%; 121 bpm; 12ºC









Perfis de altitude desta brincadeira. Reparem na extensão crescente das subidas. A mais longa no Fim.!


Gostaria de agradecer e dedicar o sucesso nesta aventura à minha Elsa e de uma forma particular aos meus filhos, João Tiago e Joaninha. Sem a vossa presença isto tinha sido muito menos divertido. Meninos, eu sei que não se vão esquecer deste dia! Gostaria que se lembrassem deste passeio que o pai fez como um exemplo de determinação, com respeito pelo desafio que se enfrenta mas com muita garra e convicção de vencer, para no final, se dizer a sorrir: eu consegui fazer uma Estrela na Estrela. (... o meu Joãozinho já vai dizendo que também vai conseguir, eu acredito e vou lá estar, garanto!).


Umas palavras também para os companheiros dos outros dias.

Ao Tiago Nunes e ao João Nunes que me acompanharam no sábado anterior na primeira das duas voltas de 100km planos da estrela “Santarém - Coruche - Salvaterra - Santarém", e que ficou para eles como recordes pessoais. Núcleo duro do Scalabis-Pro Team e as desencontradas férias e ciclos de treinos em época estival: Nuno Lima, Bri, Pedro Melo, Rui Gomes, havemos todos de fazer esta Estrela, um ano destes, por mim está feita a promessa. Por fim aquela palavra para o João Canas, que encarou fazer este desafio, disse: "sou homem para isso", com o qual treinei nos belos trilhos de Mação, e que só não compareceu porque estava a vencer outro enorme, a Grande Rota das Aldeias Históricas - GR22. Mas, após ambos acabarmos, ficou a promessa de se efectuar uma Estrela na Estrela, e talvez com QUATRO vértices, Covilhã, Manteigas, Seia e Vide. Para realizar esta última ponta, quando se vem do Sabugueiro, passa-se a Lagoa Comprida e já com 3500m de desnível vencidos, com as enormes bolas das torres como miragem, “enganamo-nos” e vira-se à direita por uma estrada nova que nos conduz vertiginosamente por uma vertente bonita e arborizada, com óptimo piso e enorme sinalização vertical a indicar 12%, 14%, 10% 14% de inclinação, até aos 700m de altitude, voltar para trás e subir de vez até à torre de pedra.


João.Almeida

Santarém, Setembro de 2008



Uma última palavra: Todo o ciclista, seja com BTT ou asfáltica, sentirá uma enorme sensação de conquista ao vencer este percurso. Não deixem de tentar !!


Fica a promessa de em breve aparecer por aqui o registo fotográfico efectuado.

Por agora podem espreitar no Google Maps por onde andei:



2 comentários:

Anónimo disse...

Assim vale a pena!!!!!!

Parabéns!!!

João Canas disse...

Como grande responsável pela sua contratação, apenas posso afirmar que é uma honra poder contar com o João Almeida nas fileiras do BTZ Mação. Não apenas pelas suas grandes qualidades como atleta (como aqui ficaram demonstradas), mas também como pessoa.

Faço minhas as palavras do Filipe e do Padre Ramiro: "Assim vale a pena!!".

Para o ano, temos de fazer a etapa da Serra da Estrela da Grande Rota das Aldeias Históricas e como não somos meninos, as 4 subidas da Serra da Estrela em trilho negro.