sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Feliz Natal
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Maratona Festivalbike - Santarém - 24 de Outubro
A maratona de btt do Festivalbike marcou o final de época do BTZ Mação.
Ou pelo menos para 2 atletas do BTZ Mação, dado que para outros a época já tinha terminado, e para alguns nem sequer começou.
Desta vez marcaram presença o Filipe e o Agostinho na meia maratona.
Eu resolvi fazer o percurso de forma clandestina, servindo de lebre ao Chefe de Fila, pois não me inscrevi.
Desta vez a concentração dos participantes foi feita no relvado do CNEMA, tendo ao que parece um conjunto de atletas VIP, pois podiam sair à frente dos outros, mesmo tendo pago o mesmo valor de inscrição. No mínimo estranho…
A zona de saída na partida era muito afunilada, pelo que o pessoal teve algumas dificuldades em partir. Só assim se explica que o Chefe de Fila tivesse demorado tanto tempo a chegar ao local onde me encontrava à sua espera, na rotunda do Politécnico.
A primeira parte da prova percorria o planalto da cidade, descendo depois para São Domingos, onde finalmente apanhávamos o trilho, em direcção aos Casais Reimão.
Esta zona era já habitual, sendo que desta vez, seguindo a lógica dos percursos Mickey Mouse, andámos às voltas para 5 km’s depois passarmos praticamente 100 metros ao lado do local inicial.
Nesta parte do percurso ocorreram alguns engarrafamentos, dado que a chuva que caiu nas semanas anteriores tinham deixado o terreno enlameado dificultando a progressão das participantes.
Seguimos depois para a antiga linha de caminho de ferro, que com chuva fica um bocado caótica, com muita lama. Felizmente que o terreno até nem estava tão mau como previa, com excepção de uma parte junto aos Casais do Paúl, onde parecia um recinto de luta na lama….
Até esta parte o Chefe de Fila veio quase sempre na minha roda, sem grandes dificuldades, dado que o terreno era pouco acidentado.
Nesta parte o percurso era bastante semelhante ao do ano anterior, mas em sentido inverso, subindo para a Azambujeira, onde estava o primeiro abastecimento.
A subida é curta, mas complicada, pois tem algumas partes com uma inclinação bastante significativa.
Depois descíamos por trilho para a zona do Calhariz, onde apanhávamos novamente o estradão, subindo paralelamente à A15.
Nesta parte sucedeu-se o primeiro contratempo, dado que o Chefe de Fila teve uma cãibra, logo quando tínhamos apanhado o Lima e o Tiago Nunes.
Este facto limitou o resto da prova, pois o Filipe demorou algum tempo a recuperar e a retomar o ritmo.
A descida para a Ribeira de Alcobertas é espectacular, pois permite rodar rápido e sem grandes preocupações, ou seja, tive dificuldades em seguir com o Chefe de Fila.
Mas depois de uma descida, vem sempre uma subida, para a Póvoa do Conde, que é complicada, pela extensão e pela inclinação. Pessoalmente prefiro passar lá em sentido inverso, como é habitual.
Finalmente o Filipe parecia ter recuperado, dado que tive algumas dificuldades em seguir na roda dele. Que raio de lebre seria aquela……
Após a Póvoa do Conde, a organização não inovou nada em termos de percurso, dado que seguimos pela Pista de Motocross da Moçarria em direcção ao Calhariz e depois subimos para a Moçarria.
Nesta parte estranhei o Filipe, pois nas subidas via-me à rasca para acompanhá-lo e depois no plano era ao contrário.
Na Moçarria estava mais um abastecimento e depois uma palhaçada, dado que o percurso percorria um trilho conhecido, passando por baixo da A15 e com uma curca de 90 graus logo a seguir, em descida. Conclusão: o Filipe entrou pelo terreno agrícola a dentro, lavrando mais um bocado da propriedade agrícola.
Não custava nada ter colocado um sinal de perigo.
Após os Casais da Charruada, nova palhaçada, pois a meio de uma nova descida rápida, uma vala enorme, novamente sem qualquer indicação de perigo.
Deu para apanhar um valente susto, mas consegui passar ser qualquer problema.
Estávamos já perto do final, sem antes termos nova aparição do percurso Mickey Mouse, entre o Graínho e as Fontainhas, com voltas e mais voltas para não sairmos do mesmo sítio. Para compensar nas Fontainhas tivemos mais ciclismo de estradão, com uns valentes km’s de alcatrão.
No acesso ao CNEMA voltamos a ter um bocadinho de estradão, para relembrar que aquilo afinal era BTT.
Deixei o Filipe junto à entrada do CNEMA, sendo que infelizmente não conseguiu cumprir com o objectivo classificativo a que se tinha proposto.
Eu também tive a minha quota parte de responsabilidade, pelo que acho que vou terminar a minha carreira como lebre…
No final da Meia Maratona ficámos a aguardar, com o Nuno Esteves, o Velhinho, que chegou não muito tempo depois.
O Velhinho é sempre aquela máquina.
Após a meia maratona e almoço, visitámos a exposição de bikes do Festivalbike, sendo de destacar algumas marcas que tinham os novos modelos de 2010, principalmente uma marca alemã, cujo nome começa por S e acaba em tevens. Estavam lá 2 bikes, com uns valentes pares de rodas…..
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
18 de Outubro 2009 – Trilhos da Raia – Idanha-a-Nova
A participação neste evento já estava há bastante tempo marcada, dado que o número de inscrições era limitado e não demorou muito tempo a esgotarem (mas nada como o Portalegre).
Infelizmente fui o único membro do BTZ Mação a estar presente, dado que o resto do pessoal participou noutras provas ou andava em estágio para o Festival Bike, ou então ficaram a pastar a vaca.
Ainda assim tive a companhia de dois amigos, o Flávio e o Paulo, que são das Termas de Monfortinho e que conhecem bem aquela região.
A fase anterior à prova decorreu com normalidade, dado que o secretariado era bastante rápido.
A partida teve um pequeno atraso de 10 minutos, o que foi bastante bom, dado que estava um bocado de frio e não era propriamente agradável estar parado.
O início do percurso era soft, em estradão, saindo de Idanha-a-Nova em direcção a Proença-a-Velha.
Nesta fase segui calmamente, tentando evitar os pelotões que se iam formando, de forma a evitar confusões e seguir no meu andamento.
Após os primeiros km’s de estradão, adequados para separar o pessoal, começou verdadeiramente os Trilhos da Raia.
A primeira descida digna desse nome, para a zona da Barragem de Idanha era muito porreira, algo perigosa e que com o pó levantado pelo pessoal, não se via “quase” nada.
A zona da Barragem era um bocado desoladora, dado que o nível da água estava tão baixo, que circulámos alguns km’s em zonas que habitualmente estão submersas.
Após esta parte na albufeira da Barragem, iniciámos uma subida espectacular, não só porque era dura, como a meio ficava um singletrack.
Pouco depois finalmente encontrei o Flávio e o Paulo que seguiam também calmamente. Por pouco não os via, se não fosse o Paulo a chamar-me.
Depois desta fase seguimos em direcção a Proença-a-Velha, onde estava o primeiro abastecimento e a separação de percursos.
A chegada a Proença é brutal, com uns bons km’s em singletrack, no meio de muros de pedra, e em subida ligeira.
Aqueles singletracks feitos ao contrário devem dar uma adrenalina…
Antes do primeiro abastecimento vi uma situação inédita em anos de btt.
De repente tivemos de parar, pois um dos participantes tinha desmontado, alegando que estava com uma cãibra.
Fiquei desconfiado, dado que ter uma cãibra quando se desce é algo muito estranho, mas depois de o tipo ter encostado, deu para ver que o mais provável era ter-se assustado com umas pedras que estavam no meio do caminho.
A seguir ao abastecimento, o percurso apontou a Medelim.
Até essa aldeia, o percurso passava em zonas de eucaliptal, junto ao leito de algumas ribeiras e com um ou outro singletrack.
Medelim é uma aldeia pouco conhecida (tem forte concorrência na região) mas que parece estar bem preservada.
Após novo abastecimento, onde voltámos a parar, seguimos por um novo singletrack entre muros de pedra, novamente ligeiramente a subir.
Esta parte foi espectacular, e novamente pensava que aquilo feito a descer seria brutal.
Seguimos depois em direcção a Monsanto, novamente em estradão, em zonas agrícolas e florestais, com aqueles boulders enormes que enquadravam a nossa passagem.
Um pouco antes de Monsanto começamos uma subida tramada, longa, que acabava num singletrack espectacular, no meio de vegetação, a subir e muito técnico. Esse single depois terminava numa descida suave mas rápida.
A subida para Monsanto era a que mais receio me causava, pois esperava aquela calçada que já tinha percorrido por 2 vezes e que é um empeno tremendo.
No entanto a organização trocou-me as voltas, e seguimos por outro percurso pedestre diferente do que esperava.
No entanto a subida era também em calçada, com algumas zonas complicadas e a exigir algum empenho e técnica. Nesta parte resolvi aumentar um bocado o ritmo, e passei por bastante pessoal, inclusivamente um casal que seguia em singlespeed (nesta fase iam naquela parte pedestre do singlespeed, o que era compreensível).
Essa calçada que fizemos ia dar ao final da outra que estava à espera, e a partir daí já sabia o que me esperava, com uma subida de alto nível de dificuldade, em alcatrão e depois em calçada (após a fonte à entrada da aldeia).
A subida era longa e exigente, e a descida que se seguiu não ficou atrás.
O início da descida era no interior da aldeia, com umas curvas apertadíssimas, a exigir alguma atenção e onde se podia derrapar com fartura (algo que como muitos sabem, agrada-me).
Seguimos em direcção a uma capela perdida na encosta da aldeia de Monsanto. Até lá chegarmos, apanhámos um single brutal, a descer, com imensa pedra, e com grande exigência técnica.
Mais um abastecimento, logo após Monsanto
No abastecimento esperei pelo Flávio e pelo Paulo e depois de reteperarmos forças seguimos novamente a descer, passando numa zona espectacular, com mais um singletrack técnico (o Flávio que o diga) e depois com uma passagem por cima de uma rocha.
Um trilho brutal, com uma paisagem brutal
Após passarmos por uma aldeia, entrámos novamente em território conhecido, com um estradão entre muros que nos levaria à descida final da Idanha-a-Velha.
No início dessa descida mandei um tralho à antiga. A roda da frente da minha bike incompatibilizou-se com uma pedra. Felizmente não me aleijei, mas esfolei um bocado a pintura.
A parte final da descida para Idanha-a-Velha é rapidíssima, pois a descida tem uma inclinação bastante grande e o estradão permite seguir com segurança.
A descida final para Idanha-a-Velha
Em Idanha-a-Velha nova paragem para abastecimento.
Devo ter feito mais paragens para abastecimento nesta “prova” que no resto da temporada. Mas a organização dos Trilhos da Raia providenciaram abastecimentos de bom nível. Melhor só se tivessem enchidos, febras e entremeadas grelhadas.
De Idanha-a-Velha, seguimos em direcção à Barragem, em estradões parcialmente conhecidos e que acho espectaculares, no meio de estevas e de terreno de pastorícia.
A Albufeira da Barragem de Idanha
A Barragem de Idanha II
A descida para a zona da Barragem era conhecida, com um singletrack técnico, rápido e perigoso, que terminava com uns degraus em pedra, que me fizeram desmontar….
A zona da Albufeira da Barragem permitiu descansar um pouco para a escalada final para Idanha-a-Nova, tirando uma pequena rampa, em que um grupo de pessoal da distância mais curta estava parado.
Depois do paredão da Barragem, escalámos em pedestre uma rampa inclinadíssima, seguindo depois num singletrack a subir (quase sempre suavamente).
A escalada final
Apanhámos depois um estradão que nos levaria de volta ao trilho negro e ao final.
Junto à meta, no recinto da Feira, ainda tivemos uma zona espectáculo, onde estava algum pessoal à espera de ver umas quedas, pois havia um drop que não permitia distracções da nossa parte.
O almoço em preparação
No final da volta tivemos um belo almoço, com porco no espeto, feijão com arroz , salada e música tradicional (algo evitável).
Recinto onde decorreu o almoço
O título desta crónica procura fazer justiça a esta edição dos Trilhos da Raia, que foi para mim este ano a melhor Maratona que efectuei, pelo percurso, pelas paisagens e pela atenção aos detalhes.
Em resumo um evento feito por pessoal do BTT para pessoal do BTT.
A equipa do ACIN. Não pedalaram, mas fizeram uma grande exibição
Acho que foram os €€€€€ mais bem aplicados este ano, pois ainda trouxemos para casa um Jersey bem bonito e que se pode usar nas nossas voltas de fim de semana (ao contrário de outras maratonas, que nos cobram quase 3 vezes mais e dão-nos um Jersey que são uma vergonha).
Muitas vezes somos confrontados com passeios e maratonas de BTT que têm pouco da essência do BTT, convertidas num negócio, onde o objectivo é maximizar a receita e o lucro, sem grandes preocupações com a qualidade do percurso.
Felizmente a Associação de Cicloturismo de Idanha-a-Nova segue numa direcção oposta, apostando no aproveitamento do potencial daquela região, que é enorme e dando aos participantes no evento, um dia que dificilmente esquecerão.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Troféu Norte Alentejano - O Balanço possível
A ideia partiu do Silva, que no Verão passado lançou a ideia numa das assembleias gerais clandestinas levadas a cabo pela cúpula dirigente do BTZ.
Logo de início a maioria do pessoal não demonstrou grande adesão a esta competição, pois as provas eram bastante curtas (cerca de 14 km’s), e um pouco longe de Mação.
Parece haver um limite nº de km’s a fazer por prova para que o pessoal se digne a sair de Mação.
Isso fez com que na maior parte das provas a representação do BTZ se tivesse limitado ao Silva e a mim.
O facto de não termos experiência no XC limitou o nosso desempenho, principalmente do Silva, que era o atleta de maior potencial, pois eu este ano andei literalmente a pastar a vaca o ano todo.
O desconhecimento do andamento da concorrência, da exigência técnica dos percursos, da exigência física das provas fez com que não pudéssemos efectuar uma preparação adequada.
O Troféu acabou por não ter provas muito uniformes, algo que me desiludiu um pouco, principalmente em termos de exigência técnica, pois estava à espera de percursos mais complicados.
Entre Avis e Monforte (Assumar) vai uma distância semelhante à de subir e descer o Bando.
Avis foi de longe a melhor prova, e um dos percursos mais espectaculares e exigentes que fiz em todos estes anos de btt. Só tive pena de lá ter chegado em tão má forma física.
Gavião foi também uma prova interessante, não só pelo percurso ter alguma dureza, com uma subida de quase 3km’s, mas principalmente por ter sido aquela em que o BTZ esteve presente com mais atletas.
O resto das provas em que participei, Assumar e Chança, foram menos interessantes e menos exigentes.
A minha opinião sobre o Troféu é positiva pois as provas acabam por ser divertidas, dado que vamos sempre a dar o máximo (dentro das limitações de andamento de cada um), sem a preocupação de faltarem muitos ou poucos km’s para o fim.
Este Troféu também me permitiu ficar a conhecer um pouco melhor o Silva, que foi um dos últimos atletas a chegar ao BTZ, mas é o que mais andamento evidencia neste momento.
De todas as conversas que tivemos fica a determinação com que ele encara os desafios. É um verdadeiro atleta de Mação.
Tenho pena é que ele tenha chegado tão tarde a esta modalidade, e também tenho pena do pessoal que para o ano competirem com ele em Veteranos B.
Apesar de tudo conseguimos algumas classificações dignas de relevo, dado que o Silva conseguiu uma 5ª posição geral no Troféu, no escalão Veteranos A da Promoção. Eu consegui obter um 17º lugar na mesma classe e o Filipe uma 36º posição (pois só foi à última prova).
Em Veterenos B o Almeida fez um 22º lugar no Troféu também porque apenas esteve na última prova.
PS: No dia em que faço este post, o Almeida completou a sua primeira maratona.
Desde já fica aqui o desafio a esse grande atleta para que nos relate essa grande aventura…