quarta-feira, 26 de maio de 2010

Serpa 160, perdão Serpa 150 - 17 de Abril 2010

Este ano o Almeida voltou a desafiar-me para fazer o Serpa 160, a primeira Ultra-Maratona de Portugal.
Dado que já tinha arranjado uma boa desculpa para faltar à chamada nos 2 anos anteriores, este ano resolvi aceitar a missão.

Como é habitual não houve preparação específica para esta prova, mas como era disputada no fim de semana a seguir ao Geo-Raid, o treino estava feito.

Em Mação ficamos a saber que o Sérgio e Hugo de Samora Correia também iriam estar presentes, pelo que já tínhamos companhia para os primeiros 100 metros de prova.

A semana antes da prova ficou marcada pela chuva, pelo que estava com algum receio de encontrar os trilhos enlameados, o que seria um factor crítico, numa prova tão longa pois seria necessário poupar o material, para que funcionasse de forma eficiente e eficaz ao longo de toda a prova.

As próprias previsões atmosféricas para o dia não eram animadoras pois davam chuva.
Mas como sou um gajo de Mação, não me ia negar à participação nesta prova.

Dado que deixámos tudo para a última hora tivemos de nos deslocar para Serpa no dia da prova, pelo que tivemos de sair de Santarém muito cedo. Acho que bati um record de me levantar cedo para ir pedalar. Se fosse para trabalhar de certeza que me recusaria a levantar tão cedo.

Após a chegada a Serpa, e das obrigações burocráticas, lá colocámos as bikes prontas para arrancar, e fomos confrontados com uma redução de cerca de 10 km’s no percurso.
Estive quase para não partir, dado que tinha ido para fazer 160 km’s e não 150 km’s.

Na partida ainda deu para falar um pouco com pessoal conhecido, o Tozé Palma, o Carlos Vitorino, etc.

Os primeiros km’s de prova eram a descer e em alcatrão, pelo que dava para começar o aquecimento para o lamaçal…..
Mal entramos nos primeiros trilhos começou uma fase da prova que eu caracterizaria como: chafurdando na lama.
Esta fase que durou cerca de 20 km’s teve como alto a passagem no singletrack do Guadiana, ou pelo menos parte dele, que pareceu ser bastante porreiro, mas com tanta lama era um bocado complicado, pelo menos para evitar quedas.
Após a passagem pelo singletrack efectuámos uma subida longa que nos levaria ao primeiro abastecimento e ao alcatrão.
Se continuássemos naquele tipo de terreno penso que acabaria a prova parecido com aquele pessoal que vai ao spa fazer tratamentos de pele com lama.

O atleta aqui a tentar fugir à lama e às quedas

Depois do abastecimento tivemos uns 10 km’s de alcatrão, que até foram porreiros pois estava farto da lama e do barro. Nesta parte já conseguia acompanhar um pouco melhor o ritmo do Almeida, pois ia ficando com menos azia.
Para compensar o Almeida começava a queixar-se de problemas técnicos na sua bike, pois tinha pouco ar nos amortecedores e a prato pequeno do pedaleiro não colaborava nas subidas onde era necessário.
Garanto que não tive nada a ver com esses problemas e que o facto de a bike dele ter passado a noite em minha casa não tinha contribuído para os problemas.
A seguir ao alcatrão o percurso parecia um carrocel, dado que era um constante sobe e desce, em que no final das descidas tínhamos o brinde de atravessarmos ribeiras, que pela chuva dos últimos dias, levavam um caudal bastante siginificativo.

Também o Almeida praticou o pedestre.....

Até ao 2º abastecimento a minha predisposição para andar de bike foi melhorando, pelo que começamos a andar num ritmo um pouco mais forte. Mas com calma, pois ainda faltavam muitos km’s.

Depois do 2º abastecimento o terreno era menos acidentado, mas voltamos a passar em zonas de completo lamaçal, pelo que voltei a fazer uns passeios pedestres, o que obrigava o Almeida a esperar por mim.
Nesta parte voltávamos ao Alentejo profundo, onde não vemos durante bastantes km’s nada que nos lembre a civilização, tirando os estradões e algumas casas perdidas nos montes.

Este ano o percurso passava em São Domingos, na povoação e na mina.
A mina é uma zona desoladora, pois são uns bons km’s de escombros, edifícios em ruínas, águas contaminadas, etc. Este foi um dos cenários que mais me impressionou em todo o percurso pela magnitude da desgraça que ali aconteceu.
É pena que em Portugal a questão ambiental seja tão desvalorizada e se tenha deixado aquela zona naquele estado.

Almeida em grande estilo na passagem de uma ribeira

Após deixarmos as minas voltávamos a entrar em zonas alagadas de água, sendo que uma vez mais desmontava sempre que tínhamos de atravessar lama, ribeiros e lagos.
Apenas pensava que teria sido melhor ter levado as galochas e uma jangada……
O Almeida pacientemente esperava por mim….

Apenas após o dobrar dos 80 km’s é que comecei a sentir-me mais confiante, pois agora apenas faltava uma maratona.
O percurso após o abastecimento intermédio da prova tinha uma longa descida em alcatrão, onde apanhamos com uma chuva forte e com bastante vento. Nalgumas partes era só fechar os olhos e seguir…..
Depois descida começava uma fase de longas subidas, inicialmente em alcatrão e depois em estradão, com cerca de 10 km’s. Foi nesta parte que me comecei a sentir melhor fisicamente, e a dividir as despesas com o Almeida. Nesta longa subida começamos finalmente a ultrapassar pessoal.

Depois da subida voltamos ao alcatrão e a uma nova zona de terreno acidentado, com mais umas ribeiras para poder desmontar e molhar os pés…..
O Almeida desta vez já não precisava de esperar na outra margem, pois nesta fase já me ia a sentir bastante melhor, pelo que seguia quase sempre na frente a marcar o rtimo.

Nos últimos km’s conseguimos ultrapassar bastante pessoal, que teve a visita do Homem da Marreta.
Nesta fase da prova rolámos com um atleta que merece uma referência nesta crónica, pois fazer uma Ultramaratona com uma bike sem suspensão e em singlespeed não é para todos.

Na parte final da prova ainda tivemos oportunidade de passar nas 4 poças, 5 riachos e 3 lamaçais do concelho de Serpa onde ainda não tínhamos passado, pelo que até chegarmos ao alcatrão ainda tive mais uns momentos de azia…..

Os últimos km’s eram em alcatrão, o que nos facilitou a vida, pois após 150 km’s, já queria era um pouco de descanso.
O Almeida estava satisfeito pois tinha cumprido o objectivo de fazer a prova em menos de 10h.

O comentário do Hugo desta foto no facebook é: O Grande duo de Mação contra uma dupla de vigaristas....

No final da prova fiquei com o sentido de ter cumprido a missão….

Este ano a prova ficou marcada pela chuva da semana anterior, que obrigou a alterações do percurso e que acabaram por o tornar ainda mais duro, pelo terreno estar bastante pesado.
O balanço nesta primeira abordagem a uma ultramaratona foi positivo, embora tenha ficado com a impressão de que poderia ter feito um tempo bastante melhor e limitado menos a performance do Almeida.
No entanto a proximidade com o Geo-Raid e o fraco estado de forma, fez com que tivesse tido uma abordagem bastante conservadora nos primeiros 70 km’s.

Não sei se voltarei a participar nesta ultramaratona, pela proximidade em termos de calendário com outras provas, por ser muito cedo na minha época desportiva, pelo facto de o Almeida ter indicado que o percurso era bastante semelhante ao dos anos anteriores e finalmente pela organização ter falhado na avaliação das condições dos primeiros km’s de prova.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Geo-Raid São Pedro do Sul - 10 e 11 de Abril 2010

Em 2009 efectuei uma primeira incursão no Geo-Raid, na Serra da Estrela, fazendo equipa com o José Carlos, dado que o Almeida, que anteriormente tinha lançado o desafio não estava disponível.
Essa incursão não foi bem sucedida, em virtude de o José Carlos ter resolvido imitar o Liedson na 1ª etapa.

Em 2010 finalmente conseguimos juntar uma equipa do BTZ Mação, composta por mim e pelo João Almeida e que tem o patrocínio da BikeZone Santarém.
Nesta etapa, estiveram presentes também as equipas compostas pelo Nuno Lima e Tiago Nunes (de Santarém) e José Carlos e Sérgio (dos Trilhos da Lezíria de Sámora Correia).

Na véspera e após os preparativos finais lá seguimos para São Pedro do Sul.
Após a chegada ao Hotel e o cumprimento das obrigações burocráticas, fomos para o secretariado e para o briefing.
O briefing permitiu-nos ficar familiarizados com algumas alterações ao regulamento do ano anterior, mas acabou por ser demasiado longo.

Após a maratona que foi o briefing, lá jantámos e fomos para o quarto (que passou a ser o quartel-general) preparar as máquinas e a logística para o dia seguinte.

Na minha memória ainda estava a participação na Serra da Estrela em 2009, o que me deixava um pouco apreensivo, pois fartei-me de sofrer no ano passado……

Dia 1: Prova de Bicicletas de Montanha

No sábado estava um pouco ansioso pelo início da prova, o que se notou na grelha de partida, em que estava em silêncio.
O Almeida aproveitava para colocar a conversa em dia com alguns conhecidos de outras provas.

Logo no início da prova percebi que aquele dia ia ser difícil, pois ainda em terreno plano a pulsação ia altíssima e o resto do pelotão onde partimos perdia-se já no horizonte da antiga linha do Vouga.

Após um engarrafamento para a passagem de um rio, começaram as dificuldades, com umas subidas meio tramadas, e que marcavam a aproximação à subida para a Serra de São Macário.

No btt também há engarrafamentos....

Essas subidas mostraram-me que definitivamente aquele não era o meu dia, pois éramos constantemente ultrapassados por pessoal que tinha partido 8 minutos depois de nós.
Nesta zona passámos nalguns singletracks, com imensa pedra, alguma lama e alguns ameaços de quedas (por aselhice).

A subida para a Serra de São Macário é bastante longa e dura, pois tem algumas partes com inclinações bastante razoáveis.
A meio da subida passei pelos meus “pais adoptivos” do BTT, a dupla dos Trilhos Sem Fim, de Leiria, Rui Fonseca e Nuno Rama.

A vista que se contempla nesta zona é espectacular, e há medida que vamos subindo a vegetação vai desaparecendo, pelo que ficamos desprotegidos face ao vento.
O topo da Serra tem um aspecto desolador, com pouca vegetação. Mas a paisagem para o lado de Arouca mudava completamente, com grandes vales, escarpados, profundos, espectaculares e aspecto inóspito.

Até à descida para Drave, rolámos, quase sempre a descer, excepção feita a uma parede terrível, em alcatrão.

A aldeida de Drave

A descida para Drave, era um dos momentos do dia, pois tínhamos sido advertidos de véspera que era perigosa e com imensa pedra.
O início era relativamente complicado pela pedra solta e uma inclinação bastante grande, que me fizeram desmontar (aselhice uma vez mais).
Após uma pequena zona onde dava para pedalar, começava realmente a descida a sério, que se transformou num passeio pedestre de cerca de 6 km’s em pouco mais de 1 h.
A aldeia de Drave é de facto espectacular e é um lugar único, mas acho que não faz muito sentido fazer passar uma prova de btt por ali. Perdão, de bicicletas de montanha.
Até porque nos estragou a média.

Aqui até eu me desmontei da bike....

A subida para sair de Drave, começa também com imensa pedra.
Quando finalmente pudemos recomeçar a pedalar, assisti a uma cena surreal, pois um gajo que ia uns metros à minha frente literalmente caiu para o lado, mas para o do precipício. Felizmente que uns arbustos ampararam a queda, pelo que somente tivemos de o puxar para ele voltar ao estradão.

Esta subida é bastante longa e para ajudar à festa furei, o que não é nada habitual, mas é o que dá ter o especialista na equipa.
Depois da mudança de câmara-de-ar, lá seguimos sempre com o Almeida à frente.
Por vezes pensava que ele ia acabar o dia com um torcicolo, por olhar tanto para trás a ver se eu não descolava muito.

O Team BTZ Mação com o Almeida a liderar....

No final desta subida voltávamos ao alcatrão por uns km’s, em planaltos e cumeadas, onde a paisagem era bonita, mas o meu colapso físico ia-se aproximando.
Depois da passagem por uma aldeia perdida no meio da Serra, onde parámos para abastecer de água, tivemos mais um pedestre, numa subida pouco acentuada, mas com o piso completamente desfeito pelas chuvas deste Inverno.

Aqui até o Almeida desmontou....

Depois disso foi descer para novamente subir para um planalto brutal.
No final desse planalto quando começámos a descer apanhámos o José Carlos e o Sérgio, com problemas na mudança de pilhas do GPS.
Seguimos com eles durante a longa descida, até ao início daquela que seria a última subida do dia, e que subida.

O marreta na perseguição ao Almeida....

No início da subida parámos para reabastecer de água pelo que ficamos sozinhos.
Sozinhos não, que eu ia passar a ter a companhia do Homem da Marreta que entretanto se vinha a juntar a nós……
Foi uma subida terrível para mim, pois era bastante longa, com alguns locais com maior inclinação e outros com o piso degradado, a dificultar a progressão.

Já perto do final da subida só me apetecia parar para descansar.
O Almeida recorreu à bomba atómica, pelo que me deu uma dose de electrólitos…

O singletrack da Vasconha: um mimo

Felizmente que pouco depois estávamos a descer vertiginosamente a mais de 60 km/h durante algum tempo em alcatrão e depois em estradão.
Esse tempo permitiu-me recuperar, pelo que quanto voltámos a pedalar, ia-me a sentir bastante melhor.
Ainda recordo-me da parte em que corremos um bom bocado num singletrack, depois de nos termos enganado e para não perdermos uma posição para outra equipa.
A partir daí foi sempre a enrolar punho até ao final, até porque tivemos alguns km’s de alcatrão.

Para a fotografia...

Quando cortámos a meta fiquei bastante aliviado, pois mais de metade da missão estava cumprida.
Depois seguimos para o lanche fornecido pela organização para repormos as energias do esforço e debater a etapa com o Sérgio, José Carlos, Lima e Tiago.

O momento mais aguardado: o lanche

Á noite tivemos o privilégio de jantar com o José Silva e o Vítor Gamito, que nos falaram da etapa e da forma como o João Marinho e o José Silva desceram para Drave, em cima das bikes e de outros assuntos.


Dia 2: Finalmente o btt……

Na grelha de partida para a 2ª etapa estava novamente apreensivo e em silêncio, pois estava com receio de que se voltasse a repetir a brincadeira da véspera.

O percurso nos primeiros km’s era igual ao da 1ª etapa, sendo que desta vez adverti o Almeida que íamos começar ainda mais devagar.
Felizmente que seguimos mais uns km’s na antiga linha de caminho de ferro da CP do Vouga, permitindo fazer mais uns km’s em terreno plano.
O comboio dos 1ºs classificados passou por nós mais cedo, pelo que pensei que rapidamente teríamos a companhia do Nuno Lima e do Tiago.
E assim foi, por volta do km 20 o Nuno e Tiago finalmente alcançaram-nos, com o Tiago a dizer que o Nuno ia louco, num ritmo verdadeiramente diabólico.

Singletrack da Vasconha

Nos km’s seguintes seguimos juntos, há medida que o terreno ia ficando mais acidentado e com as primeiras subidas, suaves para ajudar.
Na zona da Vasconha começamos um singletrack absolutamente espectacular, quase sempre a descer, com alguma lama, zonas técnicas e quase todo ciclável.
Nesta parte parei com o Almeida para efectuar uma paragem técnica para abastecimento, pelo que o Lima e o Tiago ficaram isolados na frente.
Depois deste singletrack entramos numa zona que parecia um pântano, dado que era só água e lama. Durante alguns minutos deixei de ver os meus pés…..

Todas as fotos não são demais para este singletrack

Quando terminou o pântano começou a grande subida do dia, que no gráfico de altimetria impressionava pela distância, mas também pela inclinação de alguns troços.
Iniciámos a subida em ritmo suave, mas para grande surpresa minha, ia-me a sentir bem.
Após os primeiros km’s de subida, comigo sempre na frente, passámos pelo Sérgio e o José Carlos, que estavam uma vez mais parados à beira do estradão. Perguntámos se tinham algum problema e seguimos, pois já tínhamos o Tiago e o Lima em linha de vista.

A caminho de Drave

Pouco depois de passarmos por cima da A25 alcançámo-los, pelo que seguimos alguns metros com eles.
No entanto o Tiago nas longas rampas começava a ficar um pouco para trás, devido ao cansaço acumulado, mas também aos efeitos de uma queda de véspera na descida para Drave.
Aqui tenho de abrir um parêntesis na crónica, pois há coisas que merecem ser referidas, principalmente quando são bons exemplos.
Muitas pessoas dizem que o BTT é uma modalidade essencialmente individual, onde cada um sofre por si. No Geo-raid essa questão não se coloca, dado que os elementos das equipas têm de andar sempre juntos.
No caso do Lima e do Tiago posso dizer que há verdadeiro espírito de equipa, pois não raras vezes era ver o Lima a subir comigo algumas rampas, parar a bike dele, descer a pé para trazer a bike do Tiago à mão, para que ele pudesse subir um pouco mais folgado (que a bike dele é bastante leve!!!).

Talvez a meio da subida eu e o Almeida deixámos o Tiago e o Nuno, mas ainda assim o Almeida não ia tão bem como na véspera.
No final da subida parámos numa pequena aldeia, para reabastecer de água, sendo que vi o Evaristo de Loures, que desta vez também participou no Geo-Raid.

A parte seguinte do percurso desenrolava-se numa subida em calçada espectacular que dificultava bastante a progressão, e que associada à lama, obrigaram a mais um pedestre.
Depois da calçada entrávamos num planalto que nos levavam a um parque eólico onde tínhamos vista privilegiada para a Serra do Caramulo.
No final do parque eólico começávamos uma descida bastante longa, por patamares, que nos levaria de novo para a zona de São Pedro do Sul.
Nessa descida era possível seguir a alta velocidade, pois o piso do estradão permitia andar sem grandes preocupações.

Já na parte final da longa descida fomos apanhados pelo Lima e pelo Tiago, pelo que pude concluir que não fizemos uma descida nada má.
Antes da descida final para São Pedro do Sul ainda tivemos mais umas rampas em alcatrão para variar.

A descida final era mais técnica que a anterior pois tinha algumas zonas onde era preciso ter o tal “kit de unhas” que nem todos têm.
Ainda tentei seguir o Tiago e o Lima, mas ao final das primeiras curvas só passei a ver uma nuvem de pó!!!
Ao que parece ainda houve umas quedas e referências a arbustos e javalis…..

Assim até eu pareço um atleta....

Durante a descida fomos apanhando o Tiago e o Lima que iam teimando em enganar-se em quase todos os cruzamentos que apanhávamos.
Ainda antes de terminarmos efectuámos uma subida curta, mas tramada que nos levou a uma local religioso (igreja) e depois uma descida em singletrack, técnica, espectacular e onde ainda consegui ver um tralho dos grandes, felizmente sem consequências.

Até ao final foi só rolar, devagar, pois apanhamos uma zona de verdadeiras areias movediças, onde ia deixando os sapatos….
Para além disso o Almeida ficou sem travão da frente, pelo que o objectivo era apenas terminar.

Chegar ao final foi motivo de grande satisfação, pois a 1/3 missão estava cumprida.
Pelo menos para nós, pois para o Chefe-de-fila falhámos em toda a linha….só quem não fez uma prova do Geo-raid é que pode hiper-valorizar certas classificações…..

Para o final ficam os agradecimentos.
O primeiro é ao meu companheiro de equipa, que me desafiou para esta aventura e que muito me ajudou a superar os momentos de dificuldades que passei. Só lhe posso pedir desculpa por quase lhe ter provocado um torcicolo no 1º dia.
O segundo agradecimento é para o Lima e o Tiago que também aceitaram o desafio e ao longo do fim-de-semana também foram uma companhia inestimável.
Deixo também um agradecimento ao Sérgio e ao José Carlos, pois são alguns dos bons amigos que tenho feito no btt.
Finalmente gostava de deixar um agradecimento ao Esteves e ao Polho da Bikezone Santarém, pelo apoio que deram a esta nossa participação no Geo-Raid.

Em Julho voltaremos à luta…….