De volta ao Troféu Norte Alentejano, eu e o Silva deslocámo-nos em representação do BTZ Mação a Assumar, no concelho de Monforte, para a 2ª prova.
Como já se tornou um hábito, chegámos cedo ao local da prova, o que nos permitiu preparar as coisas com calma e efectuar o reconhecimento do percurso.
O percurso deixou-me um pouco desiludido, dado que era bastante rolante, com apenas 3 subidas que sabiam a pouco.
Em termos de técnica tinha apenas uma zona mais exigente, no leito de uma ribeira, de resto era uma espécie de singletrack em terreno agrícola e de criação de gado bovino (com o qual interagimos no aquecimento), com algumas zonas junto a arame farpado (problemático em grandes aglomerações de pessoal) e outras com bastantes irregularidades (mas não estávamos lá para fazer ciclismo de estradão).
Penso que a organização se esforçou por apresentar um percurso interessante e duvido que conseguissem fazer melhor naquela zona.
A prova como habitual começou com algum atraso, o que prejudica quem chega a horas e faz o aquecimento a contar com uma partida pontual.
Para variar desta vez fizeram a chamada para os juniores.
No entanto o comissário da Associação de Ciclismo de Santarém teve de dar a partida umas poucas de vezes, pois os atletas não ligaram nenhuma ao apito de árbitro de futebol com o qual ele tentava dar a partida.
Estas partidas são uma confusão
A partida foi feita a fundo, na Rua Principal da povoação numa zona destinada a largada de toiros, pois eram as festas da aldeia.
Estranha associação…
A chegada à zona de singletrack levou ao primeiro engarrafamento, onde consegui passar algum pessoal que ficou mais atrapalhado com a confusão.
Na primeira subida, apesar de ter desmontado consegui passar mais alguns participantes, pois houve mais um engarrafamento.
Nessa altura comecei a ver o Silva uns metros mais à frente e estranhei esse facto, dado que ou eu estaria muito forte (pouco provável) ou ele muito fraco.
Um pouco mais à frente apanhei o pequeno grupo onde estava o Silva, numa zona onde não dava para ultrapassar, a menos que fossemos lavrar um bocado e apanhar umas bostas de vaca (mais perigosas que os buracos)…
Após a zona da Ribeira tentei seguir com o líder do grupo, um atleta da Ribabike, deixando, estranhamente o Silva para trás.
No início da 2ª volta o Silva e outro atleta que o acompanhava aproximaram-se de mim e pensei que podia rebocar o Silva durante um bocado. Mas infelizmente isso não ocorreu, pois ele voltou a ter problemas técnicos com a bike.
Assim segui o mais forte que pude, aproveitando o facto de não levar ninguém à minha frente, pois o pó também complicava a prova.
É melhor sairem da frente, que eu ia bruto...
Na 2ª volta voltei a ter alguns problemas de tráfego na zona da Ribeira, onde tentava ultrapassar um atleta que parecia um pace car.
Na subida que se seguia à zona técnica já não consegui seguir com esse grupo, pois já estava um bocado cansado…apesar de apenas levar cerca de 15 km’s de prova.
Estou mesmo em baixo de forma. Fraquinho.
Até ao final consegui manter a minha posição na tabela classificativa, mantendo o ritmo.
Logo após a minha chegada chegou o Silva, chateado com os problemas mecânicos que afectam a sua bike e que o têm impedido de dar o seu melhor.
Nesta prova já me senti fisicamente muito melhor que em Chança, onde acusei a paragem de 15 dias motivada pelas férias.
Em termos de classificação o Silva fez 18º lugar, prejudicado pelos problemas técnicos e por uma semana de treino com alguma carga física.
Nesta prova esteve abaixo de Chança, mas a concorrência que se prepare…
Eu consegui marcar os primeiros pontos no Troféu, com um 13º lugar.
Agora já posso passar o resto do Troféu a pastar a vaca, pois já vou aparecer na classificação final.
A prova seguinte será em Nisa em 26 de Setembro, onde muito provavelmente não estarei presente, mas em que o Silva assegurará a representação do BTZ Mação.
O resto do BTZ ainda não regressou de férias, ou então anda a treinar noutros desportos, com uma vertente mais etílica.