sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal

O BTZ Mação deseja a todos os seus membros, amigos e leitores do Blog um Feliz Natal e um óptimo 2010.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Maratona Festivalbike - Santarém - 24 de Outubro

A última prova do ano

A maratona de btt do Festivalbike marcou o final de época do BTZ Mação.
Ou pelo menos para 2 atletas do BTZ Mação, dado que para outros a época já tinha terminado, e para alguns nem sequer começou.

Desta vez marcaram presença o Filipe e o Agostinho na meia maratona.
Eu resolvi fazer o percurso de forma clandestina, servindo de lebre ao Chefe de Fila, pois não me inscrevi.

Desta vez a concentração dos participantes foi feita no relvado do CNEMA, tendo ao que parece um conjunto de atletas VIP, pois podiam sair à frente dos outros, mesmo tendo pago o mesmo valor de inscrição. No mínimo estranho…
A zona de saída na partida era muito afunilada, pelo que o pessoal teve algumas dificuldades em partir. Só assim se explica que o Chefe de Fila tivesse demorado tanto tempo a chegar ao local onde me encontrava à sua espera, na rotunda do Politécnico.

A primeira parte da prova percorria o planalto da cidade, descendo depois para São Domingos, onde finalmente apanhávamos o trilho, em direcção aos Casais Reimão.
Esta zona era já habitual, sendo que desta vez, seguindo a lógica dos percursos Mickey Mouse, andámos às voltas para 5 km’s depois passarmos praticamente 100 metros ao lado do local inicial.
Nesta parte do percurso ocorreram alguns engarrafamentos, dado que a chuva que caiu nas semanas anteriores tinham deixado o terreno enlameado dificultando a progressão das participantes.

Seguimos depois para a antiga linha de caminho de ferro, que com chuva fica um bocado caótica, com muita lama. Felizmente que o terreno até nem estava tão mau como previa, com excepção de uma parte junto aos Casais do Paúl, onde parecia um recinto de luta na lama….
Até esta parte o Chefe de Fila veio quase sempre na minha roda, sem grandes dificuldades, dado que o terreno era pouco acidentado.

Nesta parte o percurso era bastante semelhante ao do ano anterior, mas em sentido inverso, subindo para a Azambujeira, onde estava o primeiro abastecimento.
A subida é curta, mas complicada, pois tem algumas partes com uma inclinação bastante significativa.

Depois descíamos por trilho para a zona do Calhariz, onde apanhávamos novamente o estradão, subindo paralelamente à A15.
Nesta parte sucedeu-se o primeiro contratempo, dado que o Chefe de Fila teve uma cãibra, logo quando tínhamos apanhado o Lima e o Tiago Nunes.

Este facto limitou o resto da prova, pois o Filipe demorou algum tempo a recuperar e a retomar o ritmo.
A descida para a Ribeira de Alcobertas é espectacular, pois permite rodar rápido e sem grandes preocupações, ou seja, tive dificuldades em seguir com o Chefe de Fila.

Mas depois de uma descida, vem sempre uma subida, para a Póvoa do Conde, que é complicada, pela extensão e pela inclinação. Pessoalmente prefiro passar lá em sentido inverso, como é habitual.
Finalmente o Filipe parecia ter recuperado, dado que tive algumas dificuldades em seguir na roda dele. Que raio de lebre seria aquela……
Após a Póvoa do Conde, a organização não inovou nada em termos de percurso, dado que seguimos pela Pista de Motocross da Moçarria em direcção ao Calhariz e depois subimos para a Moçarria.
Nesta parte estranhei o Filipe, pois nas subidas via-me à rasca para acompanhá-lo e depois no plano era ao contrário.

Na Moçarria estava mais um abastecimento e depois uma palhaçada, dado que o percurso percorria um trilho conhecido, passando por baixo da A15 e com uma curca de 90 graus logo a seguir, em descida. Conclusão: o Filipe entrou pelo terreno agrícola a dentro, lavrando mais um bocado da propriedade agrícola.
Não custava nada ter colocado um sinal de perigo.

Após os Casais da Charruada, nova palhaçada, pois a meio de uma nova descida rápida, uma vala enorme, novamente sem qualquer indicação de perigo.
Deu para apanhar um valente susto, mas consegui passar ser qualquer problema.

Estávamos já perto do final, sem antes termos nova aparição do percurso Mickey Mouse, entre o Graínho e as Fontainhas, com voltas e mais voltas para não sairmos do mesmo sítio. Para compensar nas Fontainhas tivemos mais ciclismo de estradão, com uns valentes km’s de alcatrão.

No acesso ao CNEMA voltamos a ter um bocadinho de estradão, para relembrar que aquilo afinal era BTT.
Deixei o Filipe junto à entrada do CNEMA, sendo que infelizmente não conseguiu cumprir com o objectivo classificativo a que se tinha proposto.
Eu também tive a minha quota parte de responsabilidade, pelo que acho que vou terminar a minha carreira como lebre…

No final da Meia Maratona ficámos a aguardar, com o Nuno Esteves, o Velhinho, que chegou não muito tempo depois.
O Velhinho é sempre aquela máquina.

Após a meia maratona e almoço, visitámos a exposição de bikes do Festivalbike, sendo de destacar algumas marcas que tinham os novos modelos de 2010, principalmente uma marca alemã, cujo nome começa por S e acaba em tevens. Estavam lá 2 bikes, com uns valentes pares de rodas…..

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

18 de Outubro 2009 – Trilhos da Raia – Idanha-a-Nova

A melhor “Maratona” do ano

A participação neste evento já estava há bastante tempo marcada, dado que o número de inscrições era limitado e não demorou muito tempo a esgotarem (mas nada como o Portalegre).
Infelizmente fui o único membro do BTZ Mação a estar presente, dado que o resto do pessoal participou noutras provas ou andava em estágio para o Festival Bike, ou então ficaram a pastar a vaca.
Ainda assim tive a companhia de dois amigos, o Flávio e o Paulo, que são das Termas de Monfortinho e que conhecem bem aquela região.

A fase anterior à prova decorreu com normalidade, dado que o secretariado era bastante rápido.
A partida teve um pequeno atraso de 10 minutos, o que foi bastante bom, dado que estava um bocado de frio e não era propriamente agradável estar parado.

O início do percurso era soft, em estradão, saindo de Idanha-a-Nova em direcção a Proença-a-Velha.
Nesta fase segui calmamente, tentando evitar os pelotões que se iam formando, de forma a evitar confusões e seguir no meu andamento.

Entre muros.....nos estradões de Idanha-a-Nova

Após os primeiros km’s de estradão, adequados para separar o pessoal, começou verdadeiramente os Trilhos da Raia.
A primeira descida, com Monsanto ao fundo

A primeira descida digna desse nome, para a zona da Barragem de Idanha era muito porreira, algo perigosa e que com o pó levantado pelo pessoal, não se via “quase” nada.
A primeira descida e o pó....

A zona da Barragem era um bocado desoladora, dado que o nível da água estava tão baixo, que circulámos alguns km’s em zonas que habitualmente estão submersas.
Após esta parte na albufeira da Barragem, iniciámos uma subida espectacular, não só porque era dura, como a meio ficava um singletrack.
Pouco depois finalmente encontrei o Flávio e o Paulo que seguiam também calmamente. Por pouco não os via, se não fosse o Paulo a chamar-me.
Um pequeno engarrafamento, à entrada da ponte (mas não é a 25 de Abril)

Depois desta fase seguimos em direcção a Proença-a-Velha, onde estava o primeiro abastecimento e a separação de percursos.
A chegada a Proença é brutal, com uns bons km’s em singletrack, no meio de muros de pedra, e em subida ligeira.
Aqueles singletracks feitos ao contrário devem dar uma adrenalina…
Os primeiros singletracks em Proença-a-Velha

Antes do primeiro abastecimento vi uma situação inédita em anos de btt.
De repente tivemos de parar, pois um dos participantes tinha desmontado, alegando que estava com uma cãibra.
Fiquei desconfiado, dado que ter uma cãibra quando se desce é algo muito estranho, mas depois de o tipo ter encostado, deu para ver que o mais provável era ter-se assustado com umas pedras que estavam no meio do caminho.
Mais um singletrack

A seguir ao abastecimento, o percurso apontou a Medelim.
Até essa aldeia, o percurso passava em zonas de eucaliptal, junto ao leito de algumas ribeiras e com um ou outro singletrack.
Singletrack III

Medelim é uma aldeia pouco conhecida (tem forte concorrência na região) mas que parece estar bem preservada.
Já devem estar fartos de fotos de singletracks.

Após novo abastecimento, onde voltámos a parar, seguimos por um novo singletrack entre muros de pedra, novamente ligeiramente a subir.
Esta parte foi espectacular, e novamente pensava que aquilo feito a descer seria brutal.
Seguimos depois em direcção a Monsanto, novamente em estradão, em zonas agrícolas e florestais, com aqueles boulders enormes que enquadravam a nossa passagem.
Quando o Portalegre tiver uma coisa destas....

Um pouco antes de Monsanto começamos uma subida tramada, longa, que acabava num singletrack espectacular, no meio de vegetação, a subir e muito técnico. Esse single depois terminava numa descida suave mas rápida.

A subida para Monsanto era a que mais receio me causava, pois esperava aquela calçada que já tinha percorrido por 2 vezes e que é um empeno tremendo.
A caminho de Monsanto

No entanto a organização trocou-me as voltas, e seguimos por outro percurso pedestre diferente do que esperava.
Não resisti. Uma praga que também assola o BTT.

No entanto a subida era também em calçada, com algumas zonas complicadas e a exigir algum empenho e técnica. Nesta parte resolvi aumentar um bocado o ritmo, e passei por bastante pessoal, inclusivamente um casal que seguia em singlespeed (nesta fase iam naquela parte pedestre do singlespeed, o que era compreensível).
Essa calçada que fizemos ia dar ao final da outra que estava à espera, e a partir daí já sabia o que me esperava, com uma subida de alto nível de dificuldade, em alcatrão e depois em calçada (após a fonte à entrada da aldeia).

A chegada ao centro de Monsanto

A subida era longa e exigente, e a descida que se seguiu não ficou atrás.
O início da descida era no interior da aldeia, com umas curvas apertadíssimas, a exigir alguma atenção e onde se podia derrapar com fartura (algo que como muitos sabem, agrada-me).
Seguimos em direcção a uma capela perdida na encosta da aldeia de Monsanto. Até lá chegarmos, apanhámos um single brutal, a descer, com imensa pedra, e com grande exigência técnica.

Mais um abastecimento, logo após Monsanto

No abastecimento esperei pelo Flávio e pelo Paulo e depois de reteperarmos forças seguimos novamente a descer, passando numa zona espectacular, com mais um singletrack técnico (o Flávio que o diga) e depois com uma passagem por cima de uma rocha.

Um trilho brutal, com uma paisagem brutal

Após passarmos por uma aldeia, entrámos novamente em território conhecido, com um estradão entre muros que nos levaria à descida final da Idanha-a-Velha.
No início dessa descida mandei um tralho à antiga. A roda da frente da minha bike incompatibilizou-se com uma pedra. Felizmente não me aleijei, mas esfolei um bocado a pintura.

A parte final da descida para Idanha-a-Velha é rapidíssima, pois a descida tem uma inclinação bastante grande e o estradão permite seguir com segurança.

A descida final para Idanha-a-Velha

Em Idanha-a-Velha nova paragem para abastecimento.
Devo ter feito mais paragens para abastecimento nesta “prova” que no resto da temporada. Mas a organização dos Trilhos da Raia providenciaram abastecimentos de bom nível. Melhor só se tivessem enchidos, febras e entremeadas grelhadas.

De Idanha-a-Velha, seguimos em direcção à Barragem, em estradões parcialmente conhecidos e que acho espectaculares, no meio de estevas e de terreno de pastorícia.

A Albufeira da Barragem de Idanha

A Barragem de Idanha II

A descida para a zona da Barragem era conhecida, com um singletrack técnico, rápido e perigoso, que terminava com uns degraus em pedra, que me fizeram desmontar….


A zona da Albufeira da Barragem permitiu descansar um pouco para a escalada final para Idanha-a-Nova, tirando uma pequena rampa, em que um grupo de pessoal da distância mais curta estava parado.


Depois do paredão da Barragem, escalámos em pedestre uma rampa inclinadíssima, seguindo depois num singletrack a subir (quase sempre suavamente).

A escalada final

Apanhámos depois um estradão que nos levaria de volta ao trilho negro e ao final.

Junto à meta, no recinto da Feira, ainda tivemos uma zona espectáculo, onde estava algum pessoal à espera de ver umas quedas, pois havia um drop que não permitia distracções da nossa parte.

O almoço em preparação

No final da volta tivemos um belo almoço, com porco no espeto, feijão com arroz , salada e música tradicional (algo evitável).

Recinto onde decorreu o almoço

O título desta crónica procura fazer justiça a esta edição dos Trilhos da Raia, que foi para mim este ano a melhor Maratona que efectuei, pelo percurso, pelas paisagens e pela atenção aos detalhes.
Em resumo um evento feito por pessoal do BTT para pessoal do BTT.

A equipa do ACIN. Não pedalaram, mas fizeram uma grande exibição

Acho que foram os €€€€€ mais bem aplicados este ano, pois ainda trouxemos para casa um Jersey bem bonito e que se pode usar nas nossas voltas de fim de semana (ao contrário de outras maratonas, que nos cobram quase 3 vezes mais e dão-nos um Jersey que são uma vergonha).

Muitas vezes somos confrontados com passeios e maratonas de BTT que têm pouco da essência do BTT, convertidas num negócio, onde o objectivo é maximizar a receita e o lucro, sem grandes preocupações com a qualidade do percurso.
Felizmente a Associação de Cicloturismo de Idanha-a-Nova segue numa direcção oposta, apostando no aproveitamento do potencial daquela região, que é enorme e dando aos participantes no evento, um dia que dificilmente esquecerão.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Troféu Norte Alentejano - O Balanço possível

A participação do BTZ Mação no Troféu Norte Alentejano marcou a entrada do clube no Cross Country e em parte na “competição” de BTT.

A ideia partiu do Silva, que no Verão passado lançou a ideia numa das assembleias gerais clandestinas levadas a cabo pela cúpula dirigente do BTZ.

Logo de início a maioria do pessoal não demonstrou grande adesão a esta competição, pois as provas eram bastante curtas (cerca de 14 km’s), e um pouco longe de Mação.
Parece haver um limite nº de km’s a fazer por prova para que o pessoal se digne a sair de Mação.
Isso fez com que na maior parte das provas a representação do BTZ se tivesse limitado ao Silva e a mim.

O facto de não termos experiência no XC limitou o nosso desempenho, principalmente do Silva, que era o atleta de maior potencial, pois eu este ano andei literalmente a pastar a vaca o ano todo.
O desconhecimento do andamento da concorrência, da exigência técnica dos percursos, da exigência física das provas fez com que não pudéssemos efectuar uma preparação adequada.

O Troféu acabou por não ter provas muito uniformes, algo que me desiludiu um pouco, principalmente em termos de exigência técnica, pois estava à espera de percursos mais complicados.
Entre Avis e Monforte (Assumar) vai uma distância semelhante à de subir e descer o Bando.
Avis foi de longe a melhor prova, e um dos percursos mais espectaculares e exigentes que fiz em todos estes anos de btt. Só tive pena de lá ter chegado em tão má forma física.
Gavião foi também uma prova interessante, não só pelo percurso ter alguma dureza, com uma subida de quase 3km’s, mas principalmente por ter sido aquela em que o BTZ esteve presente com mais atletas.
O resto das provas em que participei, Assumar e Chança, foram menos interessantes e menos exigentes.

A minha opinião sobre o Troféu é positiva pois as provas acabam por ser divertidas, dado que vamos sempre a dar o máximo (dentro das limitações de andamento de cada um), sem a preocupação de faltarem muitos ou poucos km’s para o fim.

Este Troféu também me permitiu ficar a conhecer um pouco melhor o Silva, que foi um dos últimos atletas a chegar ao BTZ, mas é o que mais andamento evidencia neste momento.
De todas as conversas que tivemos fica a determinação com que ele encara os desafios. É um verdadeiro atleta de Mação.
Tenho pena é que ele tenha chegado tão tarde a esta modalidade, e também tenho pena do pessoal que para o ano competirem com ele em Veteranos B.

Apesar de tudo conseguimos algumas classificações dignas de relevo, dado que o Silva conseguiu uma 5ª posição geral no Troféu, no escalão Veteranos A da Promoção. Eu consegui obter um 17º lugar na mesma classe e o Filipe uma 36º posição (pois só foi à última prova).
Em Veterenos B o Almeida fez um 22º lugar no Troféu também porque apenas esteve na última prova.

PS: No dia em que faço este post, o Almeida completou a sua primeira maratona.
Desde já fica aqui o desafio a esse grande atleta para que nos relate essa grande aventura…

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Troféu Norte Alentejano #5 - Gavião – 10 de Outubro 2009

A última prova

Desta vez o BTZ esteve em peso (em nº de participantes presentes) na última prova do Troféu Norte Alentejano, com a participação de 6 atletas.
Esses atletas dividiram-se por 3 categorias da promoção, com o “Chefe” Silva, eu e o Chefe de Fila nos Veteranos A, o Velhinho e o Almeida nos Veteranos B e o Gonçalo nos Elites.

A chegada a Gavião desta vez foi feita mais em cima da hora, à boa moda de Mação (já tinha saudades!!!), pelo que lá conseguimos reunir o grupo para fazer o reconhecimento após os procedimentos burocráticos.


"Chefe" Silva sempre em ritmo forte

O reconhecimento do percurso começou com uma breve conversa com o Silva, que como habitual tinha chegado a horas e já tinha tratado do assunto.
Eu, o Almeida, o Chefe de fila e o Velhinho lá começamos a descida alucinante, com quase 2,5 km’s, e uma zona mais ou menos técnica pelo meio, alguns regos tramados (que haviam de fazer estragos) e muito pó.
Já perto do final da descida comecei a sentir algo esquisito na roda de trás. Comentário do resto do pessoal: “vais furado”.
Foi um grande stress, pois ainda faltavam 3 km’s a subir para acabar a volta e o tempo para a partida não era muito.
A subida era fácil tecnicamente (sempre em estradão), mas exigente fisicamente, pois eram 2,5 km’s a subir.
Mas comparado com Avis esta prova ficava muitos pontos abaixo no que diz respeito à dificuldade.

Antes da partida ainda tive tempo para voltar a insuflar o pneu, o que me baixou o batimento cardíaco numas 15 ppm.
Para compensar seguiu-se a complicação de descobrir o local de partida, que nos manteve ocupados durante algum tempo.

Finalmente os comissários da Associação de Ciclismo lá fizeram a chamada para a grelha de partida. Nessa altura ainda nos pareceu ver o Gonçalo, mas não, foi falso alarme.

O pelotão do BTZ após a partida

A partida foi uma vez mais à morte, sendo que entramos juntos (Veteranos A) na longa descida, praticamente colados aos da frente. A descida foi complicadíssima, pois a partir de determinada altura não se via quase nada, apenas pó.
Felizmente segui sempre na trajectória do Filipe, pelo que me fui safando das dificuldades e armadilhas que o percurso tinha.

"Chefe" Silva a pedalar para mais um excelente resultado

No final da descida aconteceu algo estranho, pois o pessoal da frente praticamente desapareceu (Silva incluído). Mas depois lembrei-me que o estranho era ter aguentado até aos 4 km’s de prova com os primeiros classificados. Pudera, tinha sido sempre a descer.

É o Gonçalo? Ah não, foi novamente falso alarme...

Na subida começamos a apanhar os elementos mais fracos dos escalões que saíram à nossa frente, o que dificultou a nossa tarefa nalguns pontos, em que o estradão ficava mais complicado.

Se a prova se resumisse à partida, não tinhamos dado hipótese à concorrência

A meio da subida passei para a frente do Chefe de Fila e tentei aumentar o ritmo, o que me permitiu passar por mais alguns atletas.

No início da 2º volta já ia sozinho, infelizmente com alguma distância para o grupo que seguia à minha frente, pelo que pensei que muito dificilmente conseguiria apanhá-los.

Na descida alucinante voltei a ter cuidado nas partes mais complicadas. Na zona plana antes de começar a subida, fui alcançado por 3 atletas, 2 do meu escalão, que passaram por mim e nunca mais os vi (situação perfeitamente normal) e outro dos Veteranos B.
Esse atleta mais velho foi bastante útil, dado que ia num ritmo bastante interessante, que eu segui à boleia durante a fase inicial da subida.

Eu na subida final, a tentar seguir na roda da concorrência

A meio da subida aumentei o ritmo, conseguindo isolar-me novamente.
Na fase final da prova tentei manter o posicionamento relativo, o que consegui, tendo no entanto que recorrer a uma táctica que classificaria de menos desportiva.
Não vou revelar qual a técnica utilizada, pois não envolveu qualquer tipo de contacto físico, mas apenas mencionarei o facto de o atleta prejudicado ter ficado um bocado a pedalar no vazio e ter caído (mas praticamente parado).

Almeida na sua primeira aparição no XC, sempre um valor seguro

A parte final ainda tinha uma pequena descida, um pouco perigosa (onde se tinha aglomerado imenso público) e que nos levava à subida final e à meta.

Quando ultrapassei a meta senti um enorme alívio, pois tinha finalmente cumprido a missão…

Almeida a perseguir a concorrência

O Silva estava logo após a meta, à espera, como habitual.
Pouco depois de mim chegou o Filipe, fechando a equipa em Veteranos A.
O Silva conseguiu uma brilhante 6ª posição a 3 minutos do 1º, eu mantive a média com um 13º lugar e o Filipe marcou uns pontos para o Troféu com um 16º lugar.
Um pouco mais tarde chegaram o Almeida e o Agostinho, os nossos velhinhos, que nos enchem de orgulho…
O Almeida tinha conseguido a proeza de cair 3 vezes, uma das quais tinha-o deixado um bocado maltratado e à bicicleta num estado ainda pior. Ainda assim fez 10º lugar logo na estreia no XC.
O Velhinho fez 15º lugar, sem forçar tanto, dado que a época para ele mal tinha começado.

Finalmente o Velhinho

Ainda ficámos um pouco a ver a prova dos Federados, onde o Ismael Graça liderou desde a primeira volta, num ritmo impressionante.

Para breve fica o balanço final da nossa participação no Troféu Norte Alentejano, nesta primeira época em que o BTZ Mação se dedicou ao XC “competitivo”.

Fica aqui o link para o resumo televisivo da prova, onde se destaca a aparição de alguns dos membros do BTZ:
http://www.pinkbike.com/video/109868/

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mação - 4 de Outubro de 2009

O regresso a casa

Depois do massacre de Avis, de apenas 14 km’s, mas de grande intensidade, no dia seguinte fui pedalar em Mação. Isto também porque parece que anda pessoal por aí a dizer que tenho mais vontade de escrever do que pedalar….

A convite do pessoal do BTTrupe do Pereiro, eu, o Velhinho e o Chefe de fila tivemos o privilégio de poder participar numa volta que prometia bastante.

Do menu constavam alguns dos pontos mais altos do concelho de Mação, pelo que as subidas aos Bandos estavam garantidas.

A partida foi no centro do Pereiro, com uma ligação por estrada à Aboboreira (considerada como a aldeia mais importante do concelho de Mação), o que levou o Velhinho a dizer que podia ter esperado em casa pelo pessoal.

Na Aboboreira começaram as novidades, pois começamos finalmente a fazer a primeira subida. Esta subida era desconhecida para mim, pelo que resolvi seguir mais devagar a gerir esforço, pois não sabia como reagiria depois da prova da véspera.
A subida era longa, mas quase sempre suave, pelo que foi perfeita para acabar o aquecimento.

Depois de uma subida vem a tradicional descida, que nos levou ao Cerro do Outeiro.
Os vales que podemos contemplar nesta descida são espectaculares, principalmente porque começam a ficar arborizados. A aldeia do Cerro do Outeiro é uma aldeia especial, pois não conheço nenhuma igual, pois são um conjunto de casas numa encosta, com um singletrack entre as casas, absolutamente espectacular. Infelizmente o início da descida foi acimentada, pois as eleições aproximavam-se.
Mas é compreensível pois para as pessoas que lá vivem, assim será mais fácil circular.


No alto da Serra de Santo António

O nosso guia, Carlos Maia, levou-nos a seguir para a zona da Borda da Ribeira, que é para mim a capital do singletrack. As pessoas que vivem naquelas aldeias tiveram a ideia espectacular, para nós, de preservar os caminhos de acesso às hortas que ficam junto à Ribeira do Codes. A consequência são alguns km’s de trilhos espectaculares, e que ainda devem existir por lá muitos que não conhecemos.
À entrada do principal singletrack o Carlos apenas disse, não olhem para a direita, pois o singletrack acompanha um afluente da Ribeira do Codes, sempre na encosta, com imensa pedra.

Após a passagem pela aldeia de Casal Novo fizemos mais um singletrack e depois começamos a 2ª subida do dia para a zona do Pereiro (de Vila de Rei, que eles também um). Foi uma subida tramada, pois não é longa, mas o piso tem muita pedra e algumas partes têm grande inclinação.
No final da subida eu e o Chefe de Fila reconhecemos o território, pois tínhamos passado ali em sentido contrário no passeio da Borda da Ribeira.
A chegada ao Chão de Lopes foi rápida e uma vez lá chegados, parámos para repor energias, pois o mais difícil ainda estava para vir.

A 3ª subida do dia, da Serra da Amêndoa já era conhecida, mas devido aos trabalhos de manutenção que têm vindo a ser feitos a aderência não era a melhor. Embora também me tenham dito que andar com os pneus quase slicks não ajuda.
A descida para o Pé da Serra foi vertiginosa, pois é uma recta longa e onde se pode ir descansado com o terreno.
A fase seguinte da volta foi em trilho negro, em direcção a Martinzes e depois àquela que para mim é uma das subidas mais desafiantes que conheço, a da Serra de Santo António.
No início da subida e para motivar pessoal que já acusava o cansaço, ainda se falou na presença de uma certa pessoa lá no alto. O nome começa por N e acaba em ereida.
Acho que nem assim todos ganharam motivação.

Vista no alto da Serra de Santo António

A Serra de Santo António foi subida pelo lado da Gargantada, que tem apenas 1 km de extensão, mas tem uma fase final (a mais complicada e inclinada) em que o estradão passa no meio de blocos enormes de pedra. Um cenário espectacular, que parece estar de acordo com a paisagem que podemos contemplar (Bando de Santos, Bando de Codes, Cardigos).

Os últimos atletas a subir para a Serra de Santo António (achei melhor não por as fotos da Nereida)

Após nova paragem para abastecimento, repor energias, procurar a Nereida, descansar e tirar foto de grupo, retomámos as pedaladas, em direcção à Maxieira.
Após esta aldeia apanhámos o estradão na direcção da Aldeia d’Eiras. Foi mais uma bela descida, com umas curvas pelo meio que dão alguma luta.

Na Aldeia D’Eiras tivemos as duas primeiras baixas no pelotão, até porque as duas subidas do dia começavam agora.
Esta subida tinha uma parte inicial já conhecida, mas onde já não passava há muito tempo. O terreno tem pouca aderência, pela muita terra e pedra solta, o que complica ainda mais a subida, que tem nalgumas zonas uma inclinação apreciável.

Depois ficamos a conhecer mais um trilho a meia encosta, mas que se encontra ainda cheio de muita vegetação que dificulta a progressão.

A descida para o Castelo esteve a cargo do Filipe, que nos levou por uma descida que começamos a fazer há não muito tempo. O piso é complicado, pois tem muita pedra solta, alguns regos criados pela água que levam a que se circule um pouco mais devagar.

No Castelo aproveitámos para novo abastecimento, desta vez num dos cafés da aldeia.
O momento de abastecimento foi a chegada um personagem um bocado sombrio ao café, que entrou mudo e saiu calado, mas que mal chegou ao balcão já tinha a taça de vinho preparada.

O Bando de Codes

O pessoal de Mação brinca muita vez com o facto de quando andamos no nosso concelho não precisamos de GPS pois eu estou a pedalar com eles.
No entanto a subida para o Bando de Santos, foi uma surpresa completa preparada pelo Carlos Maia.
Não vou descrever grande coisa da subida, mas apenas mencionarei algumas palavras que procuram descrever a parte que não conhecia da subida: desafiante, singletrack, inclinadíssima, brutal, espectacular.

Após este momento de btt ao mais alto nível (e não vou referir quem é que subiu parte da subida apeado), seguimos para zonas mais conhecidas, como o Chão do Brejo e a escalada final para a zona do posto de vigia e do miradouro.
Apesar de agora estarmos em território conhecido houve pessoal que estranhou o calor de Outubro e fruto de falta de magnésio passou um mau bocado…

No final descemos para São Gens e depois seguimos por alcatrão de volta ao Pereiro, onde terminámos uma volta surpreendente em Mação, que foi espectacular, com a assinatura da BTTrupe, a quem deixo o meu agradecimento.


PS: Este post é dedicado à memória da Sra. Hermínia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Troféu Norte Alentejano #4 Avis – 3 de Outubro 2009

Brutal!!!!!!!!!

Acho que esta é a melhor forma de descrever a prova de XC de Avis do Troféu Norte Alentejano.
Após ter faltado à prova de Nisa, lá fui uma vez mais com o Silva ao Norte Alentejano, desta vez em Avis.
Esta vila tem a fama de ter zonas espectaculares para o BTT e especialmente para o XC, pelo que a expectativa era alta, pois a organização prometia um circuito técnico.
Depois de chegarmos e confirmarmos a nossa inscrição, fomos efectuar o habitual reconhecimento do percurso, que passo a descrever (com fotos da prova, muitas...).

O início do percurso era no centro da vila, em empedrado.
A saída da vila era feito com uma descida com muita brita, o que poderia ser algo perigoso, pois não era preciso muito para cair.
Eu na fase inicial do percurso, com a descida ainda em empedrado.

Depois de passarmos numa zona de uma nova urbanização entrávamos através de um pequeno carreiro, a descer, numa parte em singletrack, numa encosta de um monte.
Esta parte representava o primeiro ponto onde poderiam ocorrer engarrafamentos, pois tínhamos de desmontar 2 ou 3 vezes, devido ao percurso ter uns buracos nada pequenos.

O início das zonas técnicas

Após esta zona mais técnica, tínhamos uma descida em estradão, que nos levava à primeira subida do dia.
Esta subida era terrível, com cerca de 500 metros, em estradão, com algumas partes com pouca aderência, que levariam o pessoal a seguir em fila indiana.

A "procissão" na subida mais complicada do percurso
O início da tal subida, com pessoal a desmontar

No final dessa subida começava a diversão, com um singletrack no meio de uns sobreiros, com umas curvas com releve.

Depois de passarmos a zona de abastecimento começava a descida, inicialmente em singletrack, e depois num estradão. Aqui o mais complicado era o pó, que poderia levar-nos a não ver algum obstáculo no percurso.
Não foi por acaso que o Ricardo Marinheiro foi a esta prova. No entanto teve de azar, dado que teve um furo que o levou a desistir

A descida com imenso pó

Normalmente depois de uma descida vem uma subida, desta vez em singletrack, com um início suave e depois uma inclinação tremenda, onde a maior parte do pessoal desmontaria pela certa.
Nova descida, em singletrack, bastante técnica, com alguma pedra solta e um degrau no final, onde quase caía. Isto apesar de ir devagar.

Depois de mais uma incursão em estradão vinha uma nova parte de subida íngreme e curta, em singletrack, muito semelhante á anterior, com nova descida complicada, que nos levaria novamente ao estradão.


Junto ao muro de uma casa com vista para a Albufeira da barragem do Maranhão, tínhamos nova descida em single, com o início tramado pela terra solta e uma curva de cerca de 150 graus, que nos levava encosta abaixo.
Depois do vale, nova subida, em suaves prestações, que nos levava à primeira encosta técnica.

Esta encosta parecia um labirinto de fitas
Após passarmos um estradão, tínhamos novamente singletrack no meio de um olival, que nos levava à zona mais técnica do percurso, no meio de um pequeno pinhal.
Uma vez mais Ricardo Marinheiro, a entrar na descida mais técnica do percurso

A coisa começava com uma descida, que tinha 2 opções de percurso.
Eu optei nesta parte por passar em pedestre. No final da descida, uma pequena subida em singletrack, bastante inclinada que nos levava a uma descida perigosa com um drop no final.
O início da tal descida
Havia quem passasse montado na bike, e pela parte mais difícil
Depois uma subida, curtíssima, com alguns degraus em pedra, extremamente técnica. Voltávamos a descer e novamente uma subida com uns 20 metros, mas uma inclinação brutal. Se não ganhássemos balanço dificilmente conseguiríamos subir montados na bike.

Uma subida muito técnica

Estávamos quase no final, mas ainda tínhamos a famosa zona da fonte de Avis, com 2 trajectórias.
Uma para os campeões e outra para os mortais.
No reconhecimento passei em pedestre, pois fiquei impressionado com uma vala de água que corria junto ao percurso.

O Ricardo Marinheiro obviamente pertence aos campeões
Um dos mortais...

Depois era sempre a subir para a meta, uns 600 metros, com o inicio paralelo à descida inicial, em brita, com pouca aderência e parte final em empedrado.
Silva, sempre forte, no início da subida final

Eu, na 1ª volta, já perto do final da última subida e no limite

O percurso tinha cerca de 6 km’s, muito duros e com um calor infernal, que não ajudava nada.
A prova quase começava mal, pois pela primeira vez começou a horas. Felizmente o Silva ouviu os comissários a fazer a chamada. Tivemos de sprintar para chegar à partida.
Aspecto da grelha de partida da Promoção, em que estivémos para não participar

Como é habitual a partida é a morte, com o pessoal a tentar chegar em primeiro lugar ao trilho ou ao 1º singletrack.
Desta vez não foi diferente, pelo que segui uns metros atrás do Silva, pelo menos até entrarmos no trilho. Aí foi a confusão total, pois com o pessoal a desmontar, pelo que começou o pedestre.

Silva, no início da prova, no pelotão da frente

Na minha opinião a prova começou realmente na primeira subida que pareceu interminável.
Os primeiros classificados saíram disparados, e quando olhei para o pulsómetro, achei melhor não tentar ir na roda deles.Para compensar, o pessoal do pelotão começou a desmontar todo. Aproveitei obviamente para passar alguns deles.
Silva na subida inicial na perseguição aos primeiros atletas do nosso escalão
Aqui já eu ia um pouco mais atrás, mas sempre sem desmontar

A descida foi terrível, pois não se via praticamente nada, tal era o pó, levantado pela passagem do pessoal. Nesta parte tentei seguir pela trajectória do pessoal que seguia à minha frente.
Conseguem ver alguma coisa?? Eu também não
Nas subidas curtas e técnicas, novamente pessoal a desmontar.
Uma vez mais segui montado na bike, ultrapassando mais uns atletas, que numa atitude desportiva, deixavam passar quem ia montado na burra.
Eu no início de mais uma descida

Até à zona do passeio pedestre, segui na roda de pessoal, que ia num ritmo semelhante ao meu e tentando baixar a pulsação.
Na zona mais técnica da prova, tive de desmontar, pois o pessoal da frente assustou-se com a descida, que era brutal.
Eu não queria, mas o pessoal à minha frente desmontou
O líder crónico do nosso escalão. Até a descer em pedestre é forte
Na zona da fonte, segui pela trajectória exterior, a dos mortais. Ainda olhei para a vala de água, mas cerrei os dentes e pensei: se os outros cá passam, então também eu sou capaz.
Silva (não é o barbudo) na descida da fonte
Eu na descida da fonte, sempre pela trajectória dos mortais

Este atleta achava que pertencia aos campeões
Lembram-se da vala que falei na descrição do percurso?

Até á meta foi só sofrer, pois a subida era terrível, pelo cansaço e pelo facto de a aderência ser muito precária.
Silva, na subida final, sempre forte
Na segunda volta, já não tive problemas de engarrafamentos, pois as posições relativas do pessoal estabilizaram e passou a haver mais espaço entre o pessoal.
Silva, na subida final, sempre forte (Parte II)

Acabei por não passar muita gente (com excepção da primeira subida a sério, onde o pessoal parecia mecanicamente desmontar da bike).
À chegada à zona da descida mais técnica ainda pensei em passar em cima da bike, pois as trajectórias estavam agora mais definidas pela passagem do pessoal.
Mas quando cheguei mesmo ao início da subida, lembrei-me do meu ombro e do $$$$$ que me custou a bike, pelo que desmontei.
Só me lembro de ouvir um miúdo aos berros para sairmos da frente, pois ele seguia montado na bike.
Na subida final já ia completamente de rastos, com a pulsação nos limites.
A meio da subida passou por mim um atleta e decidi seguir na sua roda, pois era do meu escalão.
Mesmo antes da subida terminar, já junto às muralhas, levantei-me da bike e comecei a sprintar. O outro atleta deu por isso e também tentou, mas felizmente não me conseguiu passar.
Quando olhei para o pulsómetro, assustei-me.
Apenas uma palavra: desespero.

Deve ter sido interessante para quem assistiu a esta parte, pois ver 2 gajos, com a avozinha à frente (e não estou a falar de nenhuma senhora idosa) a sprintar “no vazio”.
Após terminar a prova, cumprimentei o meu adversário de circunstância, vi onde estava o Silva e a sua esposa, e sentei-me no chão.

Tinha feito uma prova com apenas 12 kms, e cheguei ao final completamente destruído.

No final valeu o esforço, dado que alcancei o 12º lugar.
O Silva conseguiu novamente um lugar no top 10, com um 7º lugar e marcando preciosos pontos para o Troféu.
PS: Gostava de deixar um agradecimento ao pessoal (Poolman, Bruno Costa, Highlife, Kamuf e Urra Jovem - Catarina Machado) que tirou as fotos que eu habitualmente coloco nestas crónicas e que me autorizou a fazê-lo.
É impecável da parte deles não quererem obter qualquer vantagem económica do "trabalho" (de qualidade) que tiveram.