segunda-feira, 20 de julho de 2009

Carvoeiro - 10 de Maio de 2009


O dia do BTZ Mação

Este ano o BTZ Mação voltou a participar no passeio organizado pela Associação local, da qual faz parte o nosso atleta Silva.

"Chefe" Silva no brieffing aos participantes
Se o ano passado fomos apenas 2, este ano o contingente do BTZ Mação era bem mais alargado.
Na versão mais longa do passeio participaram o Silva (que jogava em casa), eu, o Velhinho e o Gonçalo.
Na versão mais curta do passeio participaram o Filipe e o Almeida, que juntamente com as suas caras-metade e o João Tiago, representaram o clube.

Filipe e Anita no início do passeio
João Tiago na sua primeira aparição nos passeios em Mação

O percurso deste ano era mais longo que o do ano passado e parecia ser mais interessante,
Apesar de ter amanhecido a ameaçar alguma chuva, não chegou a chover, o que permitiu desfrutar dos trilhos.
A prospecção do BTZ a funcionar: Sr. Vítor, um valor seguro do btt

Após o levantamento do dorsal e antes da partida, tivemos direito ao pequeno-almoço.

O início da volta era complicado, pois passávamos na praia fluvial do Carvoeiro e seguíamos directamente para a zona do Pico do Ar, o que implicou uma subida relativamente difícil, para quem ainda estava a frio.

O Silva e o Gonçalo saíram logo na frente, acompanhando os primeiros, eu fiquei com o Velhinho, mas com muita dificuldade, pois ele ia fortíssimo. Era o Portalegre ainda a fazer efeito.
"Chefe" Silva em grande estilo
Após uma subida vinha um descida, para a zona da Sanguinheira, com passagem no estradão Capela-Gargantada, e seguíamos para a antiga aldeia da Lage, onde apanhámos mais uma bela subida, não muito longa.
Nesta parte eu e o Velhinho seguíamos completamente isolados, pois não víamos ninguém à nossa frente nem atrás.

O Marreta e o Velhinho, o duo dinâmico

A aproximação ao Carvoeiro para o final da versão mais curta do passeio era feita de forma relativamente tranquila.

No entanto o percurso cozinhado pelo “Chefe” Silva tinha uma surpresa à chegada ao Carvoeiro, com uma subida complicada, na zona da Quinta dos Cardeais.
Depois seguíamos pelo meio da aldeia, seguindo para a zona da Feiteira, onde fomos brindados com mais uma subida e dois singletracks a descer, curtos mas porreiros e com potencial.

"Chefe" Silva no singletrack da Feiteira

Uma surpresa adicional foi a passagem junto á Ribeira da Pracana, com uma passagem da ribeira que foi espectacular e uma paisagem lindíssima que não conhecia.
Há quem passe a ribeira em grande estilo, mas já sabemos que a bike do Velhinho é leve...


Há outras mais pesadas...


E há o molho de ferros...
Sr. Vítor em grandíssimo estilo...

... antes de se armar em Liedson!!!

Quem conhece o terreno, sabe que, para sair dali tínhamos de subir bastante.
Na subida, que também foi na zona da Feiteira, o Agostinho ia num ritmo diabólico, tendo eu bastante dificuldade em segui-lo. Ele estava realmente fortíssimo.
Velhinho forte também a descer

A cumeada que se seguiu foi muito porreira, pois fez parte do nosso passeio anual de Abril passado. Depois começámos a descer para o Carvoeiro, em estradões que permitiam andar forte e sem grandes preocupações com o terreno, com excepção da descida final, um pouco mais técnica.

No final o BTZ Mação teve uma prestação assinalável, com o Silva a ficar em 7º lugar (que poderia ter sido melhor, não fosse uma queda), eu em 8º, o Velhinho em 9º e o Gonçalo em 11º (pois perdeu-se novamente quando seguia à minha frente).

Este é que era o prémio mais ansiado, o almoço.

A entrega de prémios decorreu antes do almoço com o destaque devido aos nossos atletas.

Sr. Gonçalo a receber indevidamente o prémio. O Silva não teve nada a ver com isso...

Palavras para quê? Até a receber prémios o Velhinho tem classe...


Até o Marreta teve a honra de receber o prémio das mãos do futuro Presidente do BTZ....


Aposto que foi o Silva a escolher o prémio.

Na versão mais curta, a prestação desportiva não era importante, mas ficou o lançamento daquilo a que a muito curto prazo será uma realidade, o BTZ Mulher.

Elsa e Anita, a génese do BTZ Mação em acção
Anita em grande forma na sua primeira aparição em passeios

E na memória de alguns o desabafo de que aquilo parecia um inferno....

João Tiago, Filipe e Almeida no final do passeio

domingo, 19 de julho de 2009

Portalegre 02 de Maio 2009

Km -70

Desta vez a crónica do Portalegre 100 começa em Mação.
Isso deve-se ao facto de o Orlando ter sofrido os habituais problemas com os pneus na véspera da prova.
No entanto isso representou uma clara melhoria face ao ano anterior, pois a probabilidade de comprometer a Maratona baixou bastante.
Depois de uma viagem a Tomar para comprar um pneu, teve lugar a assistência técnica do BTZ Mação. Após trocas de câmara-de-ar e pneus durante uma boa meia hora, o Filipe finalmente descobriu que tinha pipo de tubeless. Lá vai de desmontar novamente o pneu, retirar a câmara-de-ar e colocar o tubeless.


Km 0

Após os atrasos habituais, lá chegámos a Portalegre.
Não me lembro de o pessoal de Mação conseguir chegar aos locais à hora marcada.
Rapidamente seguimos para o controlo 0, de forma a ocupar um bom lugar na grelha de partida. Felizmente que é por ordem de chegada e não dependente de treinos de qualificação.
Depois matámos o tempo que restava até às 9h a efectuar o aquecimento, dado que este ano até houve rolos patrocinados pelo “Coach” Almeida, a rever alguns amigos e conhecidos, etc.


100 km’s

Nos 100 km’s o BTZ Mação contava com o Velhinho, o Almeida, o Orlando e eu.
Este ano o percurso tinha alterações significativas face aos anos anteriores, dado que as maiores dificuldades estavam na parte final, com uma subida de cerca de 15 km’s para as famosíssimas antenas.
O início era relativamente semelhante com o trilho negro do IP2 e a subida para a Serra de São Mamede. Foram cerca de 15 km’s sem ver terra.
Em condições normais, isso seria um escândalo, cerca de 15% de uma maratona de btt em alcatrão, mas como é em Portalegre, e depois de pagar 38 € o pessoal parece que aceita tudo.
Apesar disso ver o IP2 cheio de bikes é algo que o público presente e os participantes não devem seguramente esquecer.
O percurso, após a separação dos 100 km’s e 50 km’s (opção inteligente fazê-la logo no final da subida) entrava finalmente no tão ansiado trilho.
Perto do final da subida fui apanhado pelo Nuno Lima.
Tentei seguir na roda do Nuno, que estava em grande forma, mas na primeira descida perdi logo o contacto com ele, dado que enquanto o pessoal seguia todo em fila indiana pelo lado mais limpo do trilho, o Nuno seguia a toda a velocidade por cima de calhaus. Quem sabe, sabe…

Dado que as maiores dificuldades estavam reservadas para o final, tentei seguir rápido no falso plano alentejano, em estradões relativamente fáceis em zonas agrícolas.
Contudo verifiquei desde cedo que estava muito fraquinho e que o estado de forma comparativamente com o ano anterior era muito inferior.
Era terrível ver imenso pessoal a passar sem ter capacidade para seguir na roda de alguém.
O percurso depois da zona agrícola passava por zonas quase todas conhecidas, que foram feitas em anos anteriores no mesmo sentido ou no contrário.
Nesta parte passou por mim o Ricardo Madeira, que alegava ir em ritmo de treino para a Supertravessia, mas a uma velocidade apreciável.
Havia algumas partes muito interessantes, com singletracks (infelizmente não muito longos) e alguns trilhos bem porreiros, mas fiquei sinceramente com aquela sensação do percurso ser um bocado requentado.

Após o 2º abastecimento apanhei de novo o Nuno Lima, e pensei, das duas uma, ou eu estou com um ritmo do caraças ou o Nuno está fraquíssimo (como eu).
Logo percebi após inquirição, que era a 2ª hipótese. Fiquei um bocado triste, pois o Nuno estava numa forma física brutal, no entanto, em prova não conseguiu colocar aquilo que era capaz cá fora.
Seguimos juntos, tipo os desgraçadinhos que se vão amparando um ao outro. Penso que foi positivo para ambos, pois íamos puxando à vez e seguindo num ritmo confortável.
Nem mesmo alguns elementos femininos que passavam por nós eram factor motivador para aumentar o andamento. Estávamos nas lonas e ainda faltava a subida às antenas. Mas o melhor era nem pensar nisso.

No 3º abastecimento, resolvemos efectuar uma paragem mais longa para tentar recuperar um pouco.
Nesta fase ocorreu aquele que eu chamaria o momento do dia.
Em primeiro lugar o Velhinho chegou ao abastecimento uns momentos antes de voltarmos a arrancar. Mas calma, pois isso não é nada de muito relevante, pois o Velhinho é um campeão e só pecou por tardio ele conseguir apanhar-nos.
Em segundo lugar chegou lá uma miúda, que vai directamente para o nº 1 do top de mulheres mais jeitosas que eu vi a praticar btt (eu e elas). Uma loira que cumpria por larguíssima margem com todos os requisitos que um homem pode ter para categorizar uma mulher como fabulosa.
Ainda tentei apressar o Lima para seguirmos naquela roda. Vá-se lá saber porquê…
E ela tinha andamento, pois não demorámos muito a sair, e nunca mais a vimos.
Penso que ela não foi uma alucinação, pois acho que não estava assim tão mal.

O 3º abastecimento marcava o início do sofrimento, pois a grande subida estava a apenas a uns km’s dali. Antes ainda tínhamos uma subida chata e uma descida bastante porreira com uns cotovelos (curvas de 180 graus) que davam algum trabalho.

Finalmente chegávamos à subida para as antenas, que tinha uns 6 ou 7 km’s iniciais muito suaves, mas sempre a subir. Foi algures nesta fase que o Velhinho passou por nós, num ritmo certo mas bastante mais rápido que o meu e o do Lima.
Tive de chamar o Agostinho, dado que ele ia tão concentrado que nem me viu (ou não).



A subida na junção do percurso com os 50 km’s passou a ser mais complicada, pois a inclinação era maior e pelo cansaço acumulado. E o pior é que a subida era cada vez mais inclinada.
Numa dessas fases o Lima disse-me para seguir pois necessitava abrandar o ritmo para recuperar um pouco.
Ainda pensei que mais à frente o Lima conseguiria apanhar-me, dado que a descida final seria longa.

Na parte mais crítica da subida, após uma passagem por uma estrada de alcatrão, já ia completamente de rastos, mas continuava a passar por imenso pessoal, muitos deles já a pé.
Depois dessa parte tínhamos uns metros em alcatrão e para variar a descer, onde dava recuperar um pouco.Apesar disso o que se seguiu foi pouco edificante, dado que na subida final para as Antenas desmontei, pois começava a ficar com cãibras. Mas por pouco tempo, pois comecei a ver o Velhinho ao longe e resolvi tentar apanhá-lo.


Quando finalmente cheguei ao 4º e último abastecimento, não vi o Velhinho e fiquei intrigado, pois ele não ia muitos metros à minha frente.
Passado pouco tempo quando me preparava para arrancar vi-o a descansar deitadinho a uma sombra. Ele ainda acenou, mas resolvi seguir, pois era a oportunidade de ultrapassá-lo enquanto ele enchia o depósito.

A descida era complicada, pois não permitia descansar e nalguns pontos o percurso estava insuficientemente marcado, o que me fez seguir em frente numa zona algo perigosa.
Depois de uma parte de alcatrão, voltávamos a entrar em trilho e deu logo para perceber que a tal descida até ao final ainda teria alguns topos, que face ao meu estado físico seriam complicadíssimos.
A aproximação a Portalegre foi totalmente diferente dos anos anteriores, e penso que foi espectacular, com uns singletracks bem porreiros e com alguma exigência técnica.

Antes do final ainda consegui passar pelo nosso ódio de estimação aqui da região, que penosamente seguia a pé numa pequena subida.
Tive pena de não o ter ultrapassado 100 km’s antes, pois talvez me tivesse dado motivação, pois até a talega meti.

A tão ansiada chegada ao mítico jardim no centro de Portalegre marcou o final do sofrimento.
Ainda tive a consolação de levar um corta vento para casa no sorteio de material que havia no final. Nem tudo podia correr mal…

A minha classificação deste ano, foi consideravelmente pior que a do ano passado, e claramente não traduz as minhas capacidades.
Penso que sou capaz de fazer bastante pior.

O Orlando e o Almeida desta vez fizeram a prova numa perspectiva mais de lazer e talvez tenham feito a escolha certa, pois chegaram ao final como os outros e sem empenos.


50 km’s

Nos 50 km’s o BTZ Mação estava representado pelo Chefe de fila.

O resultado foi o que se esperava, com uma classificação nos 100 primeiros, pelo 2º ano consecutivo.
No entanto esse resultado poderia ter sido melhor, dado que não contente com a dureza do percurso, o Filipe ainda andou a circular numa pista de motocross.
Para além disso há a referir uma ultrapassagem à má fila do Seabra ao Chefe de Fila, que gerou bastante debate no final da prova.


Os outros:

Lima
Infelizmente não conseguiu ter a prestação que se esperava.
Tive pena que não tivesse conseguido alcançar os seus objectivos, mas sei que continuará a esforçar-se como poucos para melhorar.

Tiago
Na sua estreia no Portalegre demonstrou o valor que sabemos que tem, apesar de passar a maior parte do tempo a baixar as nossas expectativas e a dizer que não é capaz de fazer as coisas.
Terminou à porta dos 100 primeiros e para o ano ninguém o segura.

Sérgio, José Carlos e José Pereira
Tive pena que não tivessem terminado dentro dos 100 primeiros, pois pelo trabalho continuado que têm vindo a fazer mereciam uma boa classificação.São uns grandes amigos e merecem tudo de bom.

Ricardo Madeira
Para quem ia em ritmo de treino acabou bastante bem, mas o seu objectivo estava ainda a um mês de distância, pois acabou por fazer uma Supertravessia em bom nível.

Para o ano há mais……