Este ano o Almeida voltou a desafiar-me para fazer o Serpa 160, a primeira Ultra-Maratona de Portugal.
Dado que já tinha arranjado uma boa desculpa para faltar à chamada nos 2 anos anteriores, este ano resolvi aceitar a missão.
Como é habitual não houve preparação específica para esta prova, mas como era disputada no fim de semana a seguir ao Geo-Raid, o treino estava feito.
Em Mação ficamos a saber que o Sérgio e Hugo de Samora Correia também iriam estar presentes, pelo que já tínhamos companhia para os primeiros 100 metros de prova.
A semana antes da prova ficou marcada pela chuva, pelo que estava com algum receio de encontrar os trilhos enlameados, o que seria um factor crítico, numa prova tão longa pois seria necessário poupar o material, para que funcionasse de forma eficiente e eficaz ao longo de toda a prova.
As próprias previsões atmosféricas para o dia não eram animadoras pois davam chuva.
Mas como sou um gajo de Mação, não me ia negar à participação nesta prova.
Dado que deixámos tudo para a última hora tivemos de nos deslocar para Serpa no dia da prova, pelo que tivemos de sair de Santarém muito cedo. Acho que bati um record de me levantar cedo para ir pedalar. Se fosse para trabalhar de certeza que me recusaria a levantar tão cedo.
Após a chegada a Serpa, e das obrigações burocráticas, lá colocámos as bikes prontas para arrancar, e fomos confrontados com uma redução de cerca de 10 km’s no percurso.
Estive quase para não partir, dado que tinha ido para fazer 160 km’s e não 150 km’s.
Na partida ainda deu para falar um pouco com pessoal conhecido, o Tozé Palma, o Carlos Vitorino, etc.
Os primeiros km’s de prova eram a descer e em alcatrão, pelo que dava para começar o aquecimento para o lamaçal…..
Mal entramos nos primeiros trilhos começou uma fase da prova que eu caracterizaria como: chafurdando na lama.
Esta fase que durou cerca de 20 km’s teve como alto a passagem no singletrack do Guadiana, ou pelo menos parte dele, que pareceu ser bastante porreiro, mas com tanta lama era um bocado complicado, pelo menos para evitar quedas.
Após a passagem pelo singletrack efectuámos uma subida longa que nos levaria ao primeiro abastecimento e ao alcatrão.
Se continuássemos naquele tipo de terreno penso que acabaria a prova parecido com aquele pessoal que vai ao spa fazer tratamentos de pele com lama.
Dado que já tinha arranjado uma boa desculpa para faltar à chamada nos 2 anos anteriores, este ano resolvi aceitar a missão.
Como é habitual não houve preparação específica para esta prova, mas como era disputada no fim de semana a seguir ao Geo-Raid, o treino estava feito.
Em Mação ficamos a saber que o Sérgio e Hugo de Samora Correia também iriam estar presentes, pelo que já tínhamos companhia para os primeiros 100 metros de prova.
A semana antes da prova ficou marcada pela chuva, pelo que estava com algum receio de encontrar os trilhos enlameados, o que seria um factor crítico, numa prova tão longa pois seria necessário poupar o material, para que funcionasse de forma eficiente e eficaz ao longo de toda a prova.
As próprias previsões atmosféricas para o dia não eram animadoras pois davam chuva.
Mas como sou um gajo de Mação, não me ia negar à participação nesta prova.
Dado que deixámos tudo para a última hora tivemos de nos deslocar para Serpa no dia da prova, pelo que tivemos de sair de Santarém muito cedo. Acho que bati um record de me levantar cedo para ir pedalar. Se fosse para trabalhar de certeza que me recusaria a levantar tão cedo.
Após a chegada a Serpa, e das obrigações burocráticas, lá colocámos as bikes prontas para arrancar, e fomos confrontados com uma redução de cerca de 10 km’s no percurso.
Estive quase para não partir, dado que tinha ido para fazer 160 km’s e não 150 km’s.
Na partida ainda deu para falar um pouco com pessoal conhecido, o Tozé Palma, o Carlos Vitorino, etc.
Os primeiros km’s de prova eram a descer e em alcatrão, pelo que dava para começar o aquecimento para o lamaçal…..
Mal entramos nos primeiros trilhos começou uma fase da prova que eu caracterizaria como: chafurdando na lama.
Esta fase que durou cerca de 20 km’s teve como alto a passagem no singletrack do Guadiana, ou pelo menos parte dele, que pareceu ser bastante porreiro, mas com tanta lama era um bocado complicado, pelo menos para evitar quedas.
Após a passagem pelo singletrack efectuámos uma subida longa que nos levaria ao primeiro abastecimento e ao alcatrão.
Se continuássemos naquele tipo de terreno penso que acabaria a prova parecido com aquele pessoal que vai ao spa fazer tratamentos de pele com lama.
O atleta aqui a tentar fugir à lama e às quedas
Depois do abastecimento tivemos uns 10 km’s de alcatrão, que até foram porreiros pois estava farto da lama e do barro. Nesta parte já conseguia acompanhar um pouco melhor o ritmo do Almeida, pois ia ficando com menos azia.
Para compensar o Almeida começava a queixar-se de problemas técnicos na sua bike, pois tinha pouco ar nos amortecedores e a prato pequeno do pedaleiro não colaborava nas subidas onde era necessário.
Garanto que não tive nada a ver com esses problemas e que o facto de a bike dele ter passado a noite em minha casa não tinha contribuído para os problemas.
A seguir ao alcatrão o percurso parecia um carrocel, dado que era um constante sobe e desce, em que no final das descidas tínhamos o brinde de atravessarmos ribeiras, que pela chuva dos últimos dias, levavam um caudal bastante siginificativo.
Também o Almeida praticou o pedestre.....
Até ao 2º abastecimento a minha predisposição para andar de bike foi melhorando, pelo que começamos a andar num ritmo um pouco mais forte. Mas com calma, pois ainda faltavam muitos km’s.
Depois do 2º abastecimento o terreno era menos acidentado, mas voltamos a passar em zonas de completo lamaçal, pelo que voltei a fazer uns passeios pedestres, o que obrigava o Almeida a esperar por mim.
Nesta parte voltávamos ao Alentejo profundo, onde não vemos durante bastantes km’s nada que nos lembre a civilização, tirando os estradões e algumas casas perdidas nos montes.
Este ano o percurso passava em São Domingos, na povoação e na mina.
A mina é uma zona desoladora, pois são uns bons km’s de escombros, edifícios em ruínas, águas contaminadas, etc. Este foi um dos cenários que mais me impressionou em todo o percurso pela magnitude da desgraça que ali aconteceu.
É pena que em Portugal a questão ambiental seja tão desvalorizada e se tenha deixado aquela zona naquele estado.
Almeida em grande estilo na passagem de uma ribeira
Após deixarmos as minas voltávamos a entrar em zonas alagadas de água, sendo que uma vez mais desmontava sempre que tínhamos de atravessar lama, ribeiros e lagos.
Apenas pensava que teria sido melhor ter levado as galochas e uma jangada……
O Almeida pacientemente esperava por mim….
Apenas após o dobrar dos 80 km’s é que comecei a sentir-me mais confiante, pois agora apenas faltava uma maratona.
O percurso após o abastecimento intermédio da prova tinha uma longa descida em alcatrão, onde apanhamos com uma chuva forte e com bastante vento. Nalgumas partes era só fechar os olhos e seguir…..
Depois descida começava uma fase de longas subidas, inicialmente em alcatrão e depois em estradão, com cerca de 10 km’s. Foi nesta parte que me comecei a sentir melhor fisicamente, e a dividir as despesas com o Almeida. Nesta longa subida começamos finalmente a ultrapassar pessoal.
Depois da subida voltamos ao alcatrão e a uma nova zona de terreno acidentado, com mais umas ribeiras para poder desmontar e molhar os pés…..
O Almeida desta vez já não precisava de esperar na outra margem, pois nesta fase já me ia a sentir bastante melhor, pelo que seguia quase sempre na frente a marcar o rtimo.
Nos últimos km’s conseguimos ultrapassar bastante pessoal, que teve a visita do Homem da Marreta.
Nesta fase da prova rolámos com um atleta que merece uma referência nesta crónica, pois fazer uma Ultramaratona com uma bike sem suspensão e em singlespeed não é para todos.
Na parte final da prova ainda tivemos oportunidade de passar nas 4 poças, 5 riachos e 3 lamaçais do concelho de Serpa onde ainda não tínhamos passado, pelo que até chegarmos ao alcatrão ainda tive mais uns momentos de azia…..
Os últimos km’s eram em alcatrão, o que nos facilitou a vida, pois após 150 km’s, já queria era um pouco de descanso.
O Almeida estava satisfeito pois tinha cumprido o objectivo de fazer a prova em menos de 10h.
O comentário do Hugo desta foto no facebook é: O Grande duo de Mação contra uma dupla de vigaristas....
No final da prova fiquei com o sentido de ter cumprido a missão….
Este ano a prova ficou marcada pela chuva da semana anterior, que obrigou a alterações do percurso e que acabaram por o tornar ainda mais duro, pelo terreno estar bastante pesado.
O balanço nesta primeira abordagem a uma ultramaratona foi positivo, embora tenha ficado com a impressão de que poderia ter feito um tempo bastante melhor e limitado menos a performance do Almeida.
No entanto a proximidade com o Geo-Raid e o fraco estado de forma, fez com que tivesse tido uma abordagem bastante conservadora nos primeiros 70 km’s.
Não sei se voltarei a participar nesta ultramaratona, pela proximidade em termos de calendário com outras provas, por ser muito cedo na minha época desportiva, pelo facto de o Almeida ter indicado que o percurso era bastante semelhante ao dos anos anteriores e finalmente pela organização ter falhado na avaliação das condições dos primeiros km’s de prova.
Sem comentários:
Enviar um comentário