sábado, 13 de setembro de 2008

Dia 5 – 4 de Setembro de 2008 – Marialva – Linhares da Beira

65 km’s com 1.459 metros de desnível acumulado

O dia amanheceu a prometer chuva, pelo que os impermeáveis foram colocados de prevenção no Camelbak.
Desta vez o efectivo teve mais uma baixa, pois o dia anterior tinha encostado às cordas o Raphael, que não se sentia muito bem. Provavelmente algo que tinha comido e que não lhe tinha feito muito bem.

Após a passagem por Marialva começou a chover com pouca intensidade, mas uma chuva miudinha e que seria uma constante nos km’s que se seguiriam.



Os primeiros 20 km’s da etapa eram quase sempre a subir, mas de forma pouco acentuada, com um ganho de 400 metros de acumulado.

O ritmo imposto inicialmente não foi muito alto, pelo que rodámos quase sempre juntos.
A paisagem era marcada pelos blocos de granito, alguns deles de dimensões consideráveis, e que davam ao espaço um aspecto ainda mais austero e inóspito.


De tempos a tempos circulávamos em pinhais e no meio de giestas, e efectuámos algumas subidas e descidas mais interessantes e exigentes.


À medida que fomos avançando na etapa também a chuva foi aumentando de intensidade, tornando a nossa tarefa mais difícil.

Depois da aldeia de Venda do Cepo, mais ou menos com 30 km’s, iniciámos uma longa descida, de cerca de 4 km’s, simplesmente espectacular, ao longo de um vale.

Início da grande descida do dia

No final da longa descida chegámos à Aldeia Nova, onde nos pudemos secar um pouco e almoçar, no Centro Recreativo e Cultural, que gentilmente nos ofereceu a refeição. De destacar um queijo da região que era excelente.

Piscina do Centro Cultural e Recreativo da Aldeia Nova. Se não estivesse a chover...

Depois do almoço o tempo mudou, pois apesar de algumas nuvens, passou a estar quase sempre sol.

O percurso era quase sempre a descer até ao Rio Mondego, na zona da Muxagata.
Até à passagem do rio ainda passámos por algumas zonas porreiras, como alguns estradões ladeados por blocos de granito e dois singletracks não muito técnicos

A passagem do Rio Mondego, na Muxagata

Rio Mondego

Para compensar, o que restava da etapa seria quase sempre a subir, até Linhares da Beira e ainda faltavam cerca de 15 km’s.

Linhares da Beira com a Serra da Estrela em fundo

O Ricardo em mais uma pequena subida

O Sérgio e o Pedro Pedrosa, não havia quem os apanhasse nas subidas


Tivemos duas ou três subidas um pouco complicadas, no meio de giestas, até ao último abastecimento que era em Carapichana, já com a Serra da Estrela como pano de fundo.
Depois desta aldeia já só faltava a grande dificuldade do dia, a calçada romana de Linhares.

Tentando apanhar a roda do Sérgio na Calçada Romana de Linhares

A calçada romana de Linhares é tecnicamente mais fácil que a de Monsanto, pois as pedras não são tão salientes, permitindo andar mais depressa, mas é mais longa, com cerca de 1,5 a 2 km’s.
Ao ritmo a que foi feita (ao despique com o Sérgio) é um empeno, mas a entrada em Linhares é espectacular, pois percorremos diversas ruas da aldeia até chegar ao largo do Castelo (um magnífico cenário), onde nos esperavam a Filipa, o Nuno e a Garbike, que uma vez mais prestou a assistência técnica no final da etapa.

A zona de assistência da Garbike no final da etapa

Aspecto do largo do Castelo de Linhares, com a Serra da Estrela em fundo

O Ricardo fazendo uma descida radical


Castelo de Linhares da Beira

Momento do dia:

A convite do Clube Recreativo dos Amigos de Linhares lanchámos nas suas instalações.
Uma vez mais a componente gastronómica (queijo e chouriço ao mais alto nível) e anti-oxidante (um bom tinto da região) esteve presente.
De seguida tivemos direito a uma visita guiada pela aldeia (pela Margarida), onde pudemos verificar a riqueza do seu património.

Apanhado com o pão e o chouriço


A nossa guia e o Tiago

O dia terminou em Celorico da Beira, onde ficámos alojados.

No dia seguinte seria o grande dia da Grande Rota das Aldeias Históricas...
To be continued…

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