O BTZ Mação esteve presente nas 4H de Resistência do Sardoal, organizado pelo BTT Sardoal.
Em representação do BTZ estiveram presentes o Silva e eu, aparentemente os únicos atletas que se mantêm em actividade nesta altura do ano.
Houve quem passasse por lá durante a prova, para dar apoio moral e treinar mais um pouco no campo etílico, mas não vou denunciar ninguém (também não preciso).
Depois de cumprirmos com as obrigações burocráticas, percorremos algumas ruas da vila do Sardoal, guiados pelo José Tereso, da organização da prova.
Com o início da prova resolvi adoptar um ritmo mais calmo, pois ainda faltavam muitos km’s e muitas horas para o final. O Silva que tinha revelado algum receio em relação ao facto de serem 4H a pedalar, saiu forte, como é habitual.
A saída da vila era feito em alcatrão, em subida até à zona do Estádio.
Aí entrávamos finalmente no trilho, com uma incursão num quintal que nos levaria a um estradão conhecido das maratonas do Sardoal.
O percurso tinha depois umas subidas e descidas não muito inclinadas, até à primeira passagem de alcatrão, onde tínhamos uma parede curta, mas bastante inclinada.
Depois dessa subida, terrível (nas últimas voltas), percorríamos estradões em eucaliptais, que eram bastante rápidos, pois era quase sempre a descer, até nova passagem pelo alcatrão.
A parte final, era de longe a mais porreira, e é pena que o percurso não fosse sempre em zonas como esta. Tinha 2 descidas porreiras, com curvas encadeadas e o saudoso singletrack. Este singletrack ameaça tornar-se um clássico das voltas no Sardoal, e merece.
É pena é ser tão curto e acho que o pessoal do BTT Sardoal devia investir numas enxadas e roçadoras de mato para começar a prolongá-lo.
Após o singletrack, há apenas uma opção: subir.
A subida era um bocado chata, na parte junto à ETAR não pelo terreno.
Depois disso, a subida continuava em duas nada suaves prestações em calçada (pela inclinação), que nos levava à zona da meta.
Lá chegados, ainda tínhamos de continuar a subir, em alcatrão.
No final da primeira volta vi que o Silva estava na zona de assistência, ao que parecia, com um furo. Fiquei preocupado, pois não convinha nada que o nosso atleta em melhor forma ficasse logo atrasado desde início.
Pouco tempo depois fiquei mais descansado, pois ele passou por mim fortíssimo.
Apesar de ter começado de forma calma, verifiquei à medida que fui efectuando voltas, que não conseguia melhorar muito o tempo por volta, pelo que continuei num ritmo certo, apontando para as 8 voltas no final.
Fiquei impressionado, quando à terceira volta passou por mim o primeiro classificado, num ritmo louco, parecia uma mota, de alta cilindrada. Nessa altura senti-me uma Casal Boss, fiável, mas lenta…
As últimas duas voltas foram bastante penosas, pois nesta altura do ano ando sem grande endurance e porque o terceiro atleta do BTZ (o tal que anda nos treinos etílicos) resolveu negar-me um abastecimento líquido (baseado em cevada).
Terminei a sétima volta já perto das 4H de prova, pelo que tinha de tomar uma opção, ou ser o primeiro do pessoal que fazia sete voltas, ou ser o último do pessoal que fez 8 voltas.
Ganhou a segunda opção, a masoquista.
O final acabou por ser algo diferente, dado que a meio dessa última volta, comecei a ouvir uma mota atrás de mim, pelo que pude verificar que era mesmo o último atleta em pista.
Ainda consegui chegar à meta antes da mota vassoura, que ia parando para recolher as placas de marcação do percurso.
No final consegui um lugar a meio da tabela classificativa geral, com um 23º lugar. O Silva, na primeira vez que passou a barreira dos 80 km’s, efectuou um 16º lugar, mostrando que afinal até se aguenta em provas longas.
Ainda o vamos ver a dominar nas maratonas de 100 km’s.
No final tivemos mais um belo jantar, com porco no espeto. Porco esse que íamos vendo à medida que somávamos voltas, dado estava a ser alvo de tratamento apropriado junto ao percurso.
Foi mais uma boa organização do BTT Sardoal, sem grandes falhas, pelo que lá para Março devemos marcar presença na Maratona.
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