Como é habitual o BTZ Mação esteve presente em mais uma edição da Rota dos Mouros organizada pela Associação da Borda da Ribeira.
Este ano marcaram presença o Velhinho, Chefe de Fila, Orlando e eu.
Em representação do BTZ Mulher esteve a Anita.
A organização prometia um percurso com cerca de 40 km’s muito técnico, o que nos espicaçou mais para estarmos presentes, pois assim que ouvimos falar em singletracks ficámos logo galvanizados.
Para compensar a partida foi atrasada, pois ao que parecia alguns dos inscritos ainda não tinham chegado á hora marcada, o que permitiu a alguns de nós tomar um pequeno-almoço reforçado, pois a organização colocou à disposição pão e presunto (da região, ou seja, do bom).
Finalmente lá partimos, com o Chefe de Fila a sair que nem uma bala na liderança do “passeio”.
Eu, o Velhinho e o Orlando seguimos juntos na primeira subida, ainda em alcatrão.
Quando finalmente entrámos no trilho, formámos um grupo, juntamente com o Sérgio Breites e mais um participante.
A primeira descida em trilho mais técnica foi brutal, pois aquilo não era sequer um caminho e acabava com umas rochas e um drop. Muito porreiro…
Depois entrávamos num singletrack que nos levava novamente para a aldeia, sempre junto às hortas e depois de passarmos a estrada e a ponte a caminho da Louriceira, andávamos literalmente dentro das hortas a dar cabo das culturas agrícolas de alguns velhotes.
A entrada e saída na Louriceira tinha algo em comum, era a subir, e com uma inclinação do caraças.
Na subida comecei a ver o Chefe de fila, o que me pareceu estranho, mas depois quando o apanhei fiquei a saber que se tinha perdido no primeiro singletrack.
Após a subida passávamos entre dois montes de pedra e depois numa descida em singletrack, absolutamente espectacular.
A descida levava-nos até junto da Ribeira do Codes, onde, o Chefe de Fila, eu e um gajo de Abrantes apanhámos mais alguns locais fortemente técnicos (onde tive o prazer de mandar um tralho do caraças, felizmente sem sequelas), algum terreno por desbravar, atravessamento de Ribeira, etc.
Nesta altura ocorreram duas coisas pouco habituais: problemas técnicos (com um dos manípulos das mudanças) e atalhanço.
O problema técnico levou a que tivesse de fazer mais de 20 km’s só com as mudanças mais pesadas, o que dava bastante jeito a subir. Acho que nunca tinha feito tanta subida a pé.
O atalhanço foi causado pelo grande problema deste passeio, as marcações do percurso. Ao que consta o Sérgio e o Velhinho ainda nos chamaram, mas nós não ouvimos nada.
Mas o atalhanço correu bem pois no final de uma subida um bocado inclinada apanhámos novamente o trilho correcto, em direcção à aldeia de Lousa.
O percurso que nos levaria até Água Formosa, ainda tinha a passagem de uma represa um bocado perigosa, e um singletrack aberto propositadamente para o passeio.
Água Formosa é das aldeias mais bonitas da região, pois todas as casas estão devidamente recuperadas e em xisto (de cuja rota das aldeias faz parte).
Velhinho na chegada ao abastecimento em Água Formosa
Até esta subida era difícil
No abastecimento indicaram-nos que éramos os primeiros a passar por lá, o que nos pareceu estranho, mas na altura ainda não sabíamos do atalhanço.
Seguimos depois para um singletrack brutal, que segue junto à Ribeira da Galega, até à aldeia de Vilar Chão. Foi das zonas mais porreiras do percurso.
Depois seguimos por estradão até mais um singletrack feito em sentido inverso ao habitual a caminho da zona da Chão de Lopes Pequeno.
Comentários para quê...
Para variar de tanto singletrack apanhámos alguns estradões largos e quer permitiam andar bastante rápido, e que nos levavam novamente para Borda da Ribeira.
Antes de chegar a Borda da Ribeira, mais um singletrack e mais umas falhas na marcação, o que nos fez chegar ao final do passeio de forma um bocado surpreendente.
Um pouco depois chegava o Orlando que tinha feito uma volta completamente alternativa, dado que no Codes resolveu cortar para a zona do Monte Cimeiro.
Finalmente chegou o Agostinho, com o Sérgio e outro participante, tendo o atraso sido atribuído ao facto de terem feito na íntegra o percurso. Mas ainda tiveram de voltar umas quantas vezes para trás, pois as marcações eram insuficientes.
Calma, isto é só técnica, não houve queda...
O almoço foi de alto nível com um lombo de porco no forno tão bom quanto os singletracks…
O balanço final foi positivo, pois este é um percurso relativamente perto de Mação e com zonas técnicas como nós ainda não temos disponíveis no nosso concelho, tendo algumas sido criadas especialmente para este passeio.
O aspecto negativo foi a marcação do percurso que não era a mais adequada e que acaba sempre por deixar o pessoal chateado.
1 comentário:
Essa do Orlando está demais!!!
Uma vergonha.....
Mais uma grande reportagem!
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