Pareceu-me uma boa forma de começar o tão ansiado período de férias, e uma melhor aplicação de tempo, do que ficar em casa a tentar ver o XC dos Jogos Olímpicos que a RTP desta vez optou por não transmitir.
Como é habitual no José Carlos, o percurso seleccionado não era nem o mais directo, nem tão pouco o mais fácil.
Com este espírito, depois do Portalegre 100 de 2008 que fez connosco, quando der por ele vai acabar por fazer parte do BTZ.
A crónica do sofrimento começa aos 10 km’s, após a ligação a Vila Franca de Xira, com a subida para Montegordo, que apesar de não ser muito longa, tem 3 rampas de forte inclinação.
Logo aí ficou claro que seria eu a segurar a âncora (símbolo do último).
Pelo menos teria mais possibilidades de apreciar a paisagem.
Na descida para Arruda dos Vinhos o Sérgio e o José Carlos fizeram mais uma tentativa de fuga, o que deixava claro que nem a descer teria hipótese de descansar.
Para complicar, até ao Montejunto iríamos ter vento de frente.
Após Arruda dos Vinhos, no início da suave, mas longa subida para Sobral de Monte Agraço, o Sérgio “Absalon” foi-se simplesmente embora, pelo que me limitei, e a muito custo, a seguir na roda do José Carlos.
O Sérgio "Absalon" no alto de Montejunto
Na longa descida que se seguiu para a Aldeia Gavinha e Merceana lá conseguimos recolar ao Sérgio.
Contudo na Ventosa começava mais uma subida, até aos Casais da Portela, onde tiveram de esperar por mim, pois o ritmo imposto era muito forte, e ainda nem sequer tínhamos chegado à subida mais temida do dia.
Finalmente em Vila Verde dos Francos começava a ascensão ao Montejunto, com cerca de 9 km’s, em que existem cerca de 500 metros de descida.
O José Carlos “Sastre”, com medo do que o Sérgio “Absalon” pudesse fazer, atacou logo no início, pelo que só o voltámos a ver no topo da Serra.
O José Carlos "Sastre" a posar para a foto
Fiquei assim na companhia do Sérgio, que me acompanhou durante toda a subida, no meu ritmo de cicloturismo.
Montejunto
No topo dos 666 metros do Montejunto, fizemos uma pequena paragem para reabastecimento e descansar as pernas, que ao final de 70 km’s davam sinal de fadiga.
Mais Montejunto
Iniciámos então o regresso ao Porto Alto, com a descida para a Abrigada, em que ainda tentei seguir o José Carlos, o que se revelou impossível.
Consequentemente resolvi esperar pelo Sérgio, que numa postura mais conservadora optou por descer mais devagar.
Curiosamente, nas zonas menos acidentadas do percurso acabávamos por rolar juntos, desta vez com o ritmo a ser imposto pelo José Carlos e finalmente com a ajuda do vento.
Depois da passagem pela Ota e do Carregado, começava a última dificuldade do dia, com a subida para a Loja Nova, que nos levaria de volta a Montegordo.
Uma vez mais, o José Carlos “Sastre” atacou no início da subida. Desta vez só o voltámos a ver à entrada do Porto Alto, mais de 15 km’s depois.
A subida foi feita a solo, pois o Sérgio começou a acusar o cansaço de uma semana em que tinha andado todos os dias de bike.
Um escândalo!!! Assim percebe-se porque é que o país está nas mãos de pedófilos
Em conclusão, foi uma volta de elevado grau de dificuldade, feita a um ritmo fortíssimo e uma boa preparação para o que se avizinha em Setembro.
Finalmente gostava de deixar aqui uma mensagem aos Srs da UCI, para que em breve apareçam em Samora Correia e Porto Alto para fazer uns controlos anti-doping surpresa, pois está-se a andar muito por lá.
E parece-me que eles ainda não descobriram os poderes do mel da Aboboreira.
PS: Não querendo cometer nenhuma inconfidência, nas últimas semanas o José Carlos não tem podido dedicar tanto tempo quanto gostaria aos amigos e às voltas de btt e estrada, devido a problemas de saúde da sua esposa.
Agora que esses problemas estão prestes a ser debelados, queria deixar uma mensagem de encorajamento ao José Carlos e à sua esposa, pois faço votos para que corra tudo pelo melhor.
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