Como forma de comemorar o primeiro aniversário do BTZ Mação, a Delegação de Santarém resolveu criar o seu primeiro evento de trilho negro, que decorreu em 12 de Março.
Esteve presente um pequeno pelotão de 8 atletas para este desafio que seria a ligação entre Santarém e Mação num total de 210 kms.
Depois dos habituais atrasos na partida, arrancámos em direcção a Pernes e depois Torres Novas para a parte inicial do percurso que serviria de aquecimento para a parte mais complicada.
Seguimos em bom ritmo, apesar de haver alguma apreensão pela quilometragem e pelos 2000 metros de desnível acumulado que estavam prometidos.
Após a passagem pela Barquinha, seguimos paralelos ao Rio Tejo em direcção a Tancos e depois Constância.
A passagem por Rio de Moinhos marcava a entrada na fase mais complicada, com a aproximação a Abrantes, com uma subida relativamente dura (mais pela inclinação) e depois a Mação.
Na descida para Alferrarede tivemos a companhia do nono atleta, o sempre ausente Gonçalo, que desta vez apareceu de forma inesperada numa viatura de 4 rodas.
Logo após Alferrarede começavam as subidas (dignas desse nome) para as Mouriscas, com a mítica passagem (do lado de fora) no Buck’s Saloon……
Na longa subida para as Mouriscas segui com o Tiago, na cauda do grupo. A subida não é muito complicada, mas é a terceira mais longa do percurso.
A passagem pelas Mouriscas marcava a aproximação ao verdadeiro território do BTZ e ao início da subida para o Penhascoso, logo após a passagem do Rio Frio.
A subida para a terra do Brízida era a segunda mais complicada, não pela inclinação, mas pela distância. Naturalmente a diferença de andamentos fez-se sentir, dado que os mais bem preparados saíram disparados. Uma vez mais segui calmamente, pois não convinha aumentar muito o ritmo cardíaco antes da refeição do dia.
Depois do Penhascoso e da Ribeira do Quadouro, vinha a subida para Mação e a paragem para descanso e abastecimento.
Graças ao nosso Presidente Chefe-de-Fila e principalmente à Anita (a quem agradecemos a disponibilidade, paciência e hospitalidade de nos ter ajudado com a logística), pudemos descansar e retemperar forças no Café Central.
Após da paragem e já na companhia do Chefe de Fila seguimos directamente para Furtado e para o momento mais simbólico da volta, com a passagem pela aldeia de Vale de Coelho, onde tirámos a foto de grupo.
Castelo de Belver
À medida que nos aproximamos de Belver o percurso torna-se mais sinuoso e técnico, permitindo ter uma visão do Rio e do Castelo, com uma paisagem extraordinária.
Vista sobre a Ponte de Belver
Logo após a passagem do Tejo começava a subida do dia, com cerca de 5km’s para o Gavião, sendo que a parte final é a mais complicada.Na chegada ao Gavião esperava-nos a chuva, que caiu de forma breve mas intensa, prejudicando a descida para a zona de Alvega.
O regresso a Santarém era em termos de terreno mais fácil, com excepção de alguns topos até ao Pego, mas o vento de frente era o principal adversário a ter em conta.
Seguimos em bom ritmo até Rossio ao Sul do Tejo, onde nos despedimos do Chefe de Fila que seguiu para Mação.
A passagem por Tramagal, Constância (Sul) e Arripiado foi feita em ritmo elevado, dado que tínhamos alguns atletas de estrada (Gonçalo e Nuno Duarte) que iam marcando o ritmo juntamente com o António Palma e Nuno Lima.
Antes da passagem na ponte da Chamusca decorreu o acidente do dia.
Não percebi muito bem a razão, mas apenas tive tempo de me desviar do Almeida, levando à queda do Tiago, que não teve hipótese de evitar também ele o alcatrão.
A volta apesar de ensombrada pela queda prosseguiu com direcção a Alpiarça e depois Santarém, concluindo em 8h o desafio proposto.
Finalmente gostava de deixar o meu agradecimento aos amigos que responderam positivamente ao desafio que foi colocado: João Almeida, Tiago Nunes, Nuno Lima, António Palma, Gonçalo, Nuno Duarte e Chefe de Fila (apenas em parte do percurso).
Não podia deixar de voltar a agradecer à Anita o trabalho e o esforço que teve na logística do evento.