Inesquecível!!!
Há algum tempo que esta prova havia sido lançada pelos atletas João Marinho e José Silva. As fotos de promoção que eles disponibilizaram eram espectaculares, tanto que algumas pareciam tiradas no estrangeiro (estranho complexo de inferioridade)………
No entanto, só após sermos ameaçados pelo Dr. Mouse é que o pessoal de Santarém resolveu participar neste evento.
A véspera foi passada a tratar da logística, pois desta vez optámos por ir no próprio dia para Amarante, o que implicava levantar muito cedo, e levou a que praticamente não dormisse.
Mas isso não era preocupante pois seria um dia para desfrutar dos trilhos e da companhia dos amigos.
Após a conturbada partida de Santarém, o momento alto da viagem foi a passagem junto à Rebordosa…….pelos motivos óbvios.
Depois da chegada a Amarante, tratámos rapidamente dos aspectos burocráticos, e finalizamos os preparativos para o arranque desta grande aventura.
No entanto, só após sermos ameaçados pelo Dr. Mouse é que o pessoal de Santarém resolveu participar neste evento.
A véspera foi passada a tratar da logística, pois desta vez optámos por ir no próprio dia para Amarante, o que implicava levantar muito cedo, e levou a que praticamente não dormisse.
Mas isso não era preocupante pois seria um dia para desfrutar dos trilhos e da companhia dos amigos.
Após a conturbada partida de Santarém, o momento alto da viagem foi a passagem junto à Rebordosa…….pelos motivos óbvios.
Depois da chegada a Amarante, tratámos rapidamente dos aspectos burocráticos, e finalizamos os preparativos para o arranque desta grande aventura.
José Carlos e a sua Ramona, que desta vez não o deixou ficar mal
Junto à partida juntámo-nos ao Tiago e ao pessoal de Samora (Sérgio, Hugo e José Carlos). Uma presença que se destacava era o grande atleta de Abrantes, Armando “Cancelara” Chamusco.
"Cancelara" Chamusco na preparação para o arranque da prova
A partida foi um pouco atrasada, o que até era bom, pois a vontade de fazer praticamente 30 km’s a subir logo de início era pouca.
No início passávamos a famosa ponte de Amarante, sobre o Rio Tâmega e depois abandonávamos a cidade a subir em alcatrão, pela N15, para facilitar o aquecimento.
Tiago numa das primeiras subidas mais complicadas do dia
O pelotão scalabitano seguiu compacto Serra acima, passando pelo Padronelo e Ovelhinha, onde começámos a abandonar o alcatrão, com alguns singletracks muito porreiros.
Seguimos sempre paralelos à EN 101, em estradão, com o Miguel Rato a tentar algumas habilidades em cima da bike, por cima dela e no chão.
Uma das primeiras subidas espectaculares
O percurso começou a ficar mais complicado com a passagem em Cima da Vila e Carneiro, dado que a somar à inclinação do terreno tínhamos algumas ruas em calçada com menor aderência, estradões e alguns singletracks, ainda com bastante vegetação, a permitir desfrutar das belas paisagens da Serra do Marão, dado que a velocidade era baixa pela inclinação significativa.
Almeida e Tiago em plena subida
Eu e o Dr. Mouse
Na separação dos dois níveis de dificuldade o Tiago optou por seguir connosco, apesar de nesta fase da temporada as subidas não serem o forte dele.
Amarante fica algures lá ao fundo.....
Á medida que a altitude foi aumentando a vegetação foi-se tornando mais escassa, e a paisagem cada vez mais espectacular.
Perto do final da subida à Serra do Marão
Almeida perto do final da subida
Os últimos estradões de acesso ao alto da Serra
Depois de Murgido e Póvoa, com cerca de 20 km’s começamos a entrar na zona das eólicas, com estradões com melhor piso, o que significava que a subida estava perto do final.
A parte final da subida
Após a passagem no topo da Serra, começava aquilo que pensávamos ser a descida contínua até ao final da prova.
No alto da Serra do Marão
A primeira parte da descida tinha dois grandes problemas. O primeiro era o piso com imensa pedra solta, que podia levar a uma queda.
O cenário na longa descida
O segundo era a tendência para levantar os olhos do chão para ver a paisagem brutal que podíamos vislumbrar, com a zona a norte da Serra.
A vista era espectacular
Após a primeira parte da descida, voltámos a ter de pedalar, sempre em talega, numa zona florestal, muito bonita.
Calma que o Lima não vai fazer nenhum assalto
Seguidamente descíamos para o penúltimo abastecimento (na zona da Campeã), através de uns singletracks um pouco técnicos e com alguma vegetação à mistura.
Mais uma bela paisagem no Alto da Serra
Depois do abastecimento, passamos numa zona relativamente complicada, essencialmente pelo piso, bastante irregular que dificultava a progressão e novamente com uma subida bastante complicada.
Nesta parte o grupo partiu-se, com o Lima a ficar mais na frente e eu na sua perseguição. O resto do pessoal foi ficando para trás, dado que o cansaço acumulado começava a fazer mossa.
E ainda há pouco passámos lá ao fundo no Alto da Serra
A descida que se seguiu foi inesquecível.
A primeira parte da descida era em rocha, bastante escura (lamento mas não sou geólogo para identificar o tipo de rocha).
Era uma descida bastante técnica e onde apenas pensava numa coisa: “onde é que vou cair!”.
Infelizmente esta foto não faz juz a esta descida
Tudo correu bem e a segunda parte da descida era um singletrack no meio de um pinhal, que também deixou saudades, dada a velocidade que levávamos.
Depois de passarmos perto de Campanhó, voltámos a apanhar uma descida bastante grande, em estradão, que permitia seguir em grande velocidade. Infelizmente furei, pelo que tive uma nova paragem. A parte final da descida para aldeia de Tijão era muito porreira, num pinhal e uma inclinação bastante significativa (mas a descer!!!).
Nessa altura ainda parei para falar com o Sr. António Girão, que andava a participar na organização do evento e a ver onde andavam os últimos atletas.
Na aldeia de Tijão tínhamos uma descida alucinante acimentada e onde de 50 em 50 metros estavam bombeiros (bom pormenor da organização), não fosse alguém resolver ir ao tapete.
Depois voltávamos aos trilhos técnicos e tínhamos uma passagem de um Rio, numa ponte absolutamente brutal.
A tal ponte.....
Miguel Rato na passagem da ponte
Tiago também na passagem da ponte
A saída do vale era obviamente a subir, com umas inclinações apreciáveis, que nos levavam a Mouquim, onde havia nova subida, em calçada e no final da qual estava o último ponto de controlo.
Nessa altura apanhei o Lima, e fomos dos últimos a passar nesse ponto de controlo.
O Tiago, o Almeida e o Miguel, que vinham pouco atrás já ficaram retidos.
O Almeida começou uma carreira como delegado sindical (que lhe valeu uma t-shirt) e o Miguel resolveu aproveitar a presença de uma ambulância, para mais um episódio do Dr. Mouse, com a assistência a um atleta desfalecido.
Eu e o Lima seguimos juntos em direcção ao Tâmega, numa descida em estradão, bastante rápida.
A passagem do Tâmega permitiu molhar os pés, o que até foi agradável.
Depois do último abastecimento voltámos a ter uma subida em alcatrão, longa e chata que nos levaria à aldeia de Codeçoso.
Um pouco mais à frente ficamos numa situação embaraçosa, pois fiquei sem bateria no GPS e o Lima continua a lutar com o dele, que mais parecia uma calculadora.
Na passagem do Rio Tâmega
Tivemos a apanhar boleia de mais pessoal, que até seguiam em bom ritmo, embora o GPS também atrapalhasse um bocado.
A aproximação a Amarante foi feita por uma ciclovia (ligeiramente a descer), que aproveita o traçado da antiga Linha do Tâmega. Foi uma parte onde se atingiam velocidades elevadas, mas onde as antigas passagens de nível funcionavam agora ao contrário, dado que erámos nós que tínhamos de afrouxar.
Esta ciclovia era também frequentada por bastantes pessoas que ao final do dia aproveitavam para andar de bike, correr ou andar.
Devo dizer que a falta de GPS não foi a única coisa a deixar-me desorientado nesta fase da prova…….
Na parte final, já dentro de Amarante, o Lima, que seguia na roda de outro atleta deu uma queda arrepiante. Isto porque o esse atleta resolveu travar de repente, pelo que o Lima entrou pela roda traseira dele. Felizmente não se aleijou e a bike dele também nada sofreu.
O dropout de um dos atletas que íamos a seguir é que não aguentou a emoção e partiu, pelo que tivemos mais uma situação surreal, a empurrar esse atleta para ver se ele chegava ao fim.
A aproximação a Amarante foi feita por uma ciclovia (ligeiramente a descer), que aproveita o traçado da antiga Linha do Tâmega. Foi uma parte onde se atingiam velocidades elevadas, mas onde as antigas passagens de nível funcionavam agora ao contrário, dado que erámos nós que tínhamos de afrouxar.
Esta ciclovia era também frequentada por bastantes pessoas que ao final do dia aproveitavam para andar de bike, correr ou andar.
Devo dizer que a falta de GPS não foi a única coisa a deixar-me desorientado nesta fase da prova…….
Na parte final, já dentro de Amarante, o Lima, que seguia na roda de outro atleta deu uma queda arrepiante. Isto porque o esse atleta resolveu travar de repente, pelo que o Lima entrou pela roda traseira dele. Felizmente não se aleijou e a bike dele também nada sofreu.
O dropout de um dos atletas que íamos a seguir é que não aguentou a emoção e partiu, pelo que tivemos mais uma situação surreal, a empurrar esse atleta para ver se ele chegava ao fim.
Já perto do final
Em termos de classificação final, ficámos nos últimos lugares, pois o objectivo passava por preparar mais uma participação no Geo Raid de Montalegre, desfrutar dos trilhos e paisagens do Marão e da companhia dos amigos.
O resto do pessoal de Santarém demorou pouco tempo a chegar, pelo que pudemos tratar rapidamente dos banhos e seguir para o jantar que foi servido no Mercado de Amarante.
O jantar foi bastante agradável e deu novamente para falar com o “Cancelara” Chamusco, essa figura cimeira do btt abrantino.
No final regressámos a Santarém de mãos a abanar, que nem no sorteio de prémios tivemos sorte.
Em compensação trouxemos recordações de um dia magnífico de btt, com locais absolutamente fabulosos e uma organização de qualidade.
Para o ano esperemos que o João Marinho e o José Silva resolvam organizar novamente este evento.......
5 comentários:
Só lamento a data do evento!
Nessa altura estou em estágio... as festas de Mação exigem a presença de um atleta...
"a beber minis"... e mesmo assim fraco... comparado com o Mestre Agostinho, que acabou a época com uma forma bastante diferente! A forma da barriga, claro!
Uma vez mais um belo passeio com uma paisagem espetacular , pena que eu não fui ! Mas como um texto e fotos desta qualidade parece que estive lá , fiquei sem fôlego aqui no final do texto ... qualquer dia a Bike Magazine te descobre ! Um abraço
Mais um óptimo rescaldo! Atravessar aquela ponte deve ter sido espectacular!
Cumprimentos,
Carlos
Apenas isto, Amarante tem mais encanto na partida do DBR, que grande evento de btt,quem não foi perdeu certamente o melhor que se fez por este país nos ultimos tempos em btt.
Parabéns Canas e companhia, em relação a um grande atleta cancelara ehehehehe o homeeeeem não anda mesmo nadaaaaa, mas a rescaldo tem outro encanto com a foto do atleta ehehehe.
Um abraço
Chamusco
Filipe, cada um tem o seu ponto forte. Neste caso o do Velhinho é a limpar minis.....aí ninguém lhe ganha.
De facto fica aqui o desafio a essa publicação. O único problema era que tinha de fazer as crónicas a tempo e horas, e isso seria muito chato.
Atravessar a ponte foi espectacular.
Mas apostando na segurança, mandei o gajo que ia nesta parte da prova comigo, à frente, não fosse aquilo aguentar.
Não foi apenas a passagem da ponte que foi espectacular, mas a prova em si.
É uma honra para o BTZ Mação ter fotos de um atleta como o Chamusco no seu blog. Quem faz o DBR tem de ser considerado como um grande atleta, pois aquilo não era para meninos.
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