quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Sardoal - 12 de Outubro de 2008

No dia seguinte à Póvoa do Varzim, e por imposição da Direcção do BTZ, desloquei-me ao Sardoal, para a 1ª Maratona desta vila.
Isto de ter um jersey com patrocinadores tem as suas responsabilidades, e assim depois de um dia mau, lá fui eu novamente para a luta.

Desta vez marcaram presença pelo BTZ Mação, eu, o Chefe de fila e o nosso Velhinho (Agostinho).

A maratona tinha apenas 50 km’s, e não apresentava uma altimetria muito elevada, pelo que não se esperavam muitas dificuldades.
Para contrabalançar isso o dia amanheceu chuvoso, o que veio a complicar a fase inicial da prova, principalmente na habitual volta pela localidade, que tinha algumas partes de empedrado.

Logo no início o Filipe saiu num ritmo louco tentando acompanhar os atletas da frente, eu mais conservador, segui com o Agostinho, tentando desta vez evitar o descalabro da véspera.
As incidências desta prova começaram praticamente no início, dado que numa das primeiras descidas encontrámos o Sérgio Breites a levantar-se após uma queda que felizmente apenas lhe deixou algumas escoriações como sequela. Eu e o Agostinho parámos para ver como ele estava, e dado que os Bombeiros do Sardoal estavam por perto, seguimos caminho.

Os primeiros 15 km’s não eram muito acidentados, dado que andámos nos vales de algumas das ribeiras do concelho do Sardoal.
Na primeira subida digna de registo, que era curta mas com forte inclinação e alguma pedra solta, resolvi aumentar o ritmo, pois ia a sentir-me bem.

A caminho da separação entre o percurso mais longo e mais curto passámos num singletrack muito porreiro, muito rápido, sempre a descer, não muito técnico.
Diria que foi um dos pontos altos da maratona.

Na parte final do sigletrack, vê se a cara de felicidade deste gajo

Após a separação, seguimos na direcção de Cabeça das Mós, com mais uma subida tramada na chegada a esta localidade.
Depois passámos na zona de Entrevinhas a caminho da Mãe D´Água, que é um local muito bonito, onde tivémos de desmontar das bikes para passar num dique numa ribeira.
Nessa zona voltei a ver o Filipe, mas ainda a alguma distância.

No início de uma subida bastante inclinada, felizmente não muito longa, apanhei o Bifa, figura cimeira do btt de Abrantes (e não é pelo andamento), apenas suplantado pelo grande Chamusco.
Como não estava com muita paciência para ouvir os habituais comentários que o Bifa profere resolvi aumentar ainda mais o andamento, até porque estava desertinho para apanhar o Filipe.


Praticamente só há fotos do sigletrack

Nessa fase do percurso seguíamos na direcção de Alcaravela, sendo que um pouco antes da zona de Santa Clara apanhei finalmente o Filipe, que ia, nesta fase da maratona, num andamento um pouco mais lento.
O percurso, após uma zona de terreno mais acidentado, com muitas subidas e descidas, entrou à passagem pelos Panascos, numa fase com declives mais suaves, mas quase sempre a subir, pelo menos até passar por cima da N2. Nesta parte fui sempre sozinho, tentado impor o ritmo mais forte que conseguia, para tentar ainda alcançar algum atleta que estivesse em quebra na fase final da maratona.

Para variar, mais uma foto da parte final do singletrack

Após a passagem por cima da N2, o terreno voltou a ser mais acidentado, e à passagem pela povoação de Mivaqueiro voltámos a ter uma subida digna desse nome, e voltei a ter companhia, mas por pouco tempo.

Até chegarmos ao Sardoal, voltámos a ter mais uma subida, curta, em alcatrão, e que deu algum trabalho, até porque ia picado com um gajo que entretanto tinha alcançado e que estava renitente em ficar atrás de mim na tabela classificativa.

Na aproximação final ao Sardoal consegui finalmente deixar o gajo para trás. Estranho andar a lutar por um lugar na classificação final, quando se é quadragésimo e qualquer coisa. Mas assim não se tem de ouvir o Chefe de fila a reclamar.

Fiquei surpreendido por a Maratona ter corrido bem, pois não foi o escândalo da Póvoa do Varzim.
Deve ter sido dos ares dos Bandos, pois a proximidade face a Mação é grande.

A participação do BTZ Mação nesta Maratona foi positiva, pois o Filipe recuperou o seu andamento na fase final chegando logo a seguir a mim.
Já o Velhinho optou pela versão passeio da Maratona, tendo chegado ainda assim não muito tempo depois.

Foi uma Maratona porreira, com uma distância não muito longa, com um acumulado não muito elevado e com alguns locais porreiros, principalmente o singletrack.

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