quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mação – 9 Abril 2011 - Rota dos Bandos

O Dia do Clonix fora do prazo de validade…….

Este ano o BTZ Mação realizou mais uma edição da mítica Rota dos Bandos (já lhes perdemos a conta), convidando para o efeito um conjunto de atletas e amigos (não necessáriamente por esta ordem).



Dado que este ano a data coincidiu com o Serpa 160 tivemos algumas faltas de comparência, para já não falar de algumas desistências de última hora.
Até se compreende, pois estavam prometidos 90 km’s com cerca de 3.000 metros de desnível acumulado.


Felizmente que o clima colaborou, proporcionando um dia excelente para a prática do btt, pois não havia ameaça de chuva e a temperatura não era muito elevada.


Tal como é habitual a partida registou os habituais atrasos, pois foram desta vez os atletas autóctones que ficaram a dormir mais um pouco.


A partida para o evento foi dada com um pelotão de 9 intrépidos atletas para a versão longa e 8 para a versão curta (65 km’s). Como é habitual a partida é sempre feita a descer para a zona do Paiafome, de forma a enganar o resto do pessoal, para pensarem que esse será o mote para o resto do percurso.

Com a subida para a Caldeirinha começavam as dificuldades e desta vez sem desviadores traseiros partidos.

No entanto na descida da pista de Aeromodelismo o Almeida resolveu dificultar a vida perdendo o bidon com as suas poções mágicas.




Orlando a brilhar na descida fatídica para o bidon do Almeida



Nas Casas da Ribeira seguimos ao longo da Ribeira D’Eiras até à Fadagosa onde começava a subida do dia, com 7km’s até ao alto do Bando de Santos.




Estes são os engarrafamentos que se apanham em Mação, super-stressantes


Esta subida apesar de ser muito longa, é feita por patamares, com o primeiro até ao Caratão com alguma inclinação e a magnífica paisagem da Ribeira do Aziral.




O pelotão na subida, logo a seguir ao S. Gens


Entre o Caratão e S. Gens a dificuldade reduz-se o que permite recuperar para a parte final da subida, que é para mim a mais difícil. A meio da dificuldade despedimo-nos do pessoal da volta pequena que seguiria a meia encosta (mais ou menos) para o Castelo.




Daniel Brites na subida do dia


Nós seguimos para o Miradouro do Bando de Santos, com um troço final terrível, pela inclinação e pelo piso cheio de pedra solta que dificulta em muito a tracção, principalmente quando alguns atletas ainda estavam cheios de força.




Ao fundo S. Gens


No miradouro voltámos a parar para tirar algumas fotos e desfrutar da paisagem que podemos contemplar bem lá no alto.




Paisagem que se pode apreciar no Miradouro do Bando de Santos






Paulo Oliveira a fazer uma entrada triunfante (e cheia de força) no Miradouro


A seguir descemos para a Lage e depois seguimos para a zona da Estrada da Capela-Gargantada, com uma descida espectacular, com algumas curvas a exigir empenho e a zona envolvente arborizada a proporcionar sombra.




Mais uma foto no Alto do Bando de Santos




Depois de tantas queixas o Tiago também posou para a foto


Após uma descida, vem sempre uma subida, desta vez para a Serra de Santo António, mas diferente do ano passado, pois optámos por efectuar uma primeira parte mais curta, inclinada e com pedra solta que nos levaria à cumeada da Serra e depois subiríamos pelo lado do Freixoeirinho.




Lima e Chefe de Fila na subida para a Serra de Santo António


Nesta altura uma dúvida começou a assolar o Lima, será que o Atleta Rato conseguiria manter o ritmo fortíssimo nas subidas durante o resto da volta………


Uma vez mais no alto parámos para reagrupar o pessoal e tirar umas fotos, pois uma vez mais, a paisagem é magnífica.




Rato & Antunes uma dupla que deu muito que falar


Na descida para a Gargantada o segundo percalço do dia, desta vez com um furo na minha roda traseira, o que atrasou o resto do pessoal que teve de esperar.




Almeida olhando para Cardigos


Nesta altura tivemos também conhecimento de como estava a decorrer a volta dos 65 km’s, dado que os atletas estavam no Café O Emigrante em Chão de Codes a tentar reduzir os stocks de cerveja.


Inclusivamente por lá falou-se que iriam vir charters de Samora Correia……….




Paisagem no alto da Serra de Santo António


Na passagem pelo Cabo tivemos o primeiro singletrack do dia, muito curto e a subir, mas já deu para começar a treinar a técnica para o que se seguiria.




Paisagem no alto da Serra de Santo António



A subida para a Serra da Amêndoa foi bastante soft e tinha como único intuito evitar alcatrão e levar-nos de volta ao Bando de Santos, que seria novamente conquistado pelos atletas, numa subida inédita e dura, pela inclinação de alguns troços, que nos levam até às Eólicas do Bando de Santos.




Lima e Oliveira no início da descida para a Gargantada


Uma vez mais o Atleta Rato deu espectáculo, mantendo um ritmo verdadeiramente infernal e que apenas alguns atletas mais bem preparados conseguiram seguir com os olhos e à distância.


Era algo que começava a merecer uma investigação, dado que não dispúnhamos de controlo anti-doping……..




Velhinho na 2ª passagem pelo Bando de Santos

Após uma passagem pelo parque de Merendas do Brejo para reabastecimento e nova sessão fotográfica, conseguimos finalmente descobrir o segredo do Atleta Rato…………dado que colocámos um especialista a tratar do assunto.




Rato & Antunes, Lda




Em Mação há poetas






O que é isto??? Um novo modelo da marca do S?


A descida para o Castelo foi espectacular com um singletrack, de seu nome Carlos Maia em homenagem ao visionário que nos deu a conhecer aquele troço. É um singletrack pequeno mas a exigir empenho, alguma técnica e controlo da bike, pois tem algumas curvas de 180 graus.




Almeida e Rato no final do singletrack

A chegada ao Castelo é feita através de outro pequeno singletrack, entre árvores e buracos, descoberto há uns anos pelo Chefe de Fila.





Velhinho no singletrack

A passagem pelo Castelo marcava o início de mais uma subida, também inédita, ao Bando de Codes.




Tiago no final do singletrack

O início da subida é demolidor, pois são rampas seguidas com forte inclinação e um piso nada favorável, com imensos regos das águas das chuvas.

Demolidor foi o andamento do Atleta Rato, que seguiu por ali acima fortíssimo, com o Lima no encalço e eu a tentar seguir um pouco mais atrás.

Depois desta parte a subida tornava-se mais suave, com a passagem junto á mítica subida do Presunto e a descida para a encosta do lado de Chão de Codes, que nos levaria à parte final da subida em alcatrão, mas não menos difícil, para as Eólicas.




Orlando em plena subida


A descida que nos levaria a Chão de Codes, tem a parte inicial bastante complicada com a passagem no troço dos berlindes (devido ao facto de o chão estar literalmente cheio de calhaus que assemelham a berlindes) que dificultam bastante a aderência.




O início da descida para Chão de Codes

Depois deste troço a descida torna-se mais fácil, com alguns cotovelos a introduzir alguma emoção.


Tal como é habitual em Mação, seguia-se nova subida a começar em Chão de Codes, que nos levaria à descida para o Cerro do Outeiro.

Foi uma subida tramada, dado que é feita em patamares, em que parece que já subimos tudo, mas aparece sempre mais uma rampa escondida.

O facto de esta zona estar também bastante arborizada ajuda também à ideia de que já subimos tudo, pois tira-nos a visão geral da montanha.




Quem não tem gato caça com rato........ou zipties......


A descida para o Cerro do Outeiro é espectacular, pela paisagem (embora não convenha tirar muito os olhos do estradão), pela velocidade e depois pela passagem nesta pequena aldeia, que tem como característica ter um singletrack entre as casas sempre a descer e cujo piso é em rocha. Felizmente que o piso estava seco…………




@ Cerro do Outeiro






Cerro do Outeiro

A chegada à Louriceira obviamente que não seria feita pela opção mais fácil, pelo que metemos por um estradão com uma subida curta mas com um inclinação terrível, onde uma vez mais o Atleta Rato mostrou serviço.




Velhinho na passagem da Ribeira de Codes

A Louriceira marcava a passagem para a zona de Vila de Rei, com a passagem junto à Ribeira do Codes, através de um estradão paralelo à Ribeira.





A Ribeira do Codes

A zona de Vila Rei não prometia facilidades, como se pôde comprovar com a subida para a Lousa, uma parede com cerca de 1 km.

O Atleta Rato saiu disparado, com o Lima no encalço e eu logo a seguir.

O resto do pelotão alongou-se, pelo que no final voltámos a reagrupar o grupo à entrada da povoação.


Seguimos depois em direcção a Água Formosa, com uma descida espectacular, dado que tem bom piso e uma inclinação muito significativa, em que o Tiago destacou-se pois é este o seu terreno. A seguir vinha uma zona de subida gradual para as imediações da aldeia de Vilar do Chão.


A Água Formosa era uma zona nunca antes visitada na Rota dos Bandos, pelo que havia alguma expectativa do pessoal, principalmente pelos singletracks que tínhamos prometido ao pessoal.
O primeiro singletrack é o mais extenso, com algumas zonas espectaculares, com a descida em pedra antes da ponte, a passagem pela ponte e uma zona onde passamos praticamente debaixo de uma rocha enorme.




Lima e Almeida no singletrack da Água Formosa




Oliveira, Velhinho e Orlando no singletrack





Oliveira numa das partes mais espectaculares do singletrack




Nuno Lima no mesmo troço





Orlando a brilhar desta vez na bike



Quando parámos na fonte da Água Formosa, o pessoal estava rendido: “Assim vale a pena!!!””




Tiago antes do tormento telecomandado pelo Almeida

A Água Formosa é uma aldeia do concelho de Vila de Rei, que faz parte das Aldeias de Xisto, pois tem sido gradualmente recuperada, mantendo as casas a traça original, ou seja, todas em pedra. É um local bastante interessante.


Logo a seguir à aldeia começava o singletrack do precipício……….

Não é um singletrack muito extenso ou particulamente técnico, mas é mesmo muito estreito e de um dos lados tem um precipício para umas hortas que não augura nada de bom.

Felizmente ninguém parou para tirar fotos…………




Rato no início do singletrack que surpreendeu todos




Depois desta parte mais emocionante, seguimos para a aldeia de Vale das Casas onde tivemos mais uma pequena subida e seguimos para a zona do Pereiro (de Vila de Rei) onde tivemos mais duas subidas curtas mas bastante complicadas pela inclinação.


O planalto que se seguiu, permitiu ao grupo seguir bastante rápido (dentro dos nossos limites de velocidade), pois penso que era a maior extensão de percurso sem subidas.A descida para o Chão de Lopes marcou a entrada na parte final do percurso, que nos levaria através de mais algumas rampas novamente até Chão de Codes.


A parte final tinha ainda algumas subidas curtas e inclinadas que nos levariam até ao momento do dia: a passagem no Singletrack Agostinho “Velhinho” Ribeiro.




Um momento para a posteridade: Velhinho a inaugurar o seu singletrack





Esta denominação advém do facto de o Velhinho ter cumprido a promessa de limpar o trilho especialmente para este evento, dado que nos últimos reconhecimentos que efectuámos o trilho estava impraticável.

Muito haveria a dizer sobre este singletrack, nomeadamente que é algo técnico, mas por enquanto é segredo, e bem guardado pelo BTZ Mação.


Esta zona ainda tinha a Pena do Avento, uma pequena cascata que fica mesmo junto à praia tropical da Aboboreira (private joke do BTZ).




A Pena do Avento


Os últimos km’s da Rota dos Bandos este ano foram em alcatrão, para permitir o retorno à calma dos atletas.

No final a opinião generalizada dos atletas era que para o ano iriam regressar para ver se o BTZ Mação consegue manter o nível de exigência da Rota dos Bandos.

O jantar este ano foi no Picafino, onde pudemos debater as peripécias do dia, nomeadamente o fabuloso rendimento desportivo do Atleta Rato, que este ano levou a camisola amarela, patrocinada pela JANSSEN-CILAG FARMACÊUTICA,LDA, titular da licença de comercialização para o mercado português do Clonix…………


Fica o link para a crónica da volta mais curta efectuada pelo Daniel Brites do pessoal do Trilhos da Lezíria de Sámora Correia:
http://cbtttrilhosdaleziria.blogspot.com/2011/04/macao-sempre-subir.html


Finalmente gostava de deixar um agradecimento a todos os participantes deste ano da Rota dos Bandos: Chefe de Fila Antunes, Orlando Brízida, Agostinho “Velhinho” Ribeiro, João Almeida, Nuno Lima, Miguel “Atleta” Rato, Tiago Nunes e Paulo Oliveira.



Na volta mais pequena um agradecimento ao Daniel Brites, Pégaso, Joaquim, Bruno Nepumuceno, Bruno, Jorge, Alexandre e Paulo, por terem visitado o nosso território e terem confiado no track de GPS que lhes deu para seguir………penso que não se arrependeram.




HAHAHAHAHAHAHAHA!!!!! A vingança do Brízida.............

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Santarém-Mação-Gavião-Santarém – 12 de Março 2011



Como forma de comemorar o primeiro aniversário do BTZ Mação, a Delegação de Santarém resolveu criar o seu primeiro evento de trilho negro, que decorreu em 12 de Março.

Esteve presente um pequeno pelotão de 8 atletas para este desafio que seria a ligação entre Santarém e Mação num total de 210 kms.

Depois dos habituais atrasos na partida, arrancámos em direcção a Pernes e depois Torres Novas para a parte inicial do percurso que serviria de aquecimento para a parte mais complicada.

Seguimos em bom ritmo, apesar de haver alguma apreensão pela quilometragem e pelos 2000 metros de desnível acumulado que estavam prometidos.

Após a passagem pela Barquinha, seguimos paralelos ao Rio Tejo em direcção a Tancos e depois Constância.

A passagem por Rio de Moinhos marcava a entrada na fase mais complicada, com a aproximação a Abrantes, com uma subida relativamente dura (mais pela inclinação) e depois a Mação.

Na descida para Alferrarede tivemos a companhia do nono atleta, o sempre ausente Gonçalo, que desta vez apareceu de forma inesperada numa viatura de 4 rodas.

Logo após Alferrarede começavam as subidas (dignas desse nome) para as Mouriscas, com a mítica passagem (do lado de fora) no Buck’s Saloon……



Na longa subida para as Mouriscas segui com o Tiago, na cauda do grupo. A subida não é muito complicada, mas é a terceira mais longa do percurso.

A passagem pelas Mouriscas marcava a aproximação ao verdadeiro território do BTZ e ao início da subida para o Penhascoso, logo após a passagem do Rio Frio.

A subida para a terra do Brízida era a segunda mais complicada, não pela inclinação, mas pela distância. Naturalmente a diferença de andamentos fez-se sentir, dado que os mais bem preparados saíram disparados. Uma vez mais segui calmamente, pois não convinha aumentar muito o ritmo cardíaco antes da refeição do dia.

Depois do Penhascoso e da Ribeira do Quadouro, vinha a subida para Mação e a paragem para descanso e abastecimento.

Graças ao nosso Presidente Chefe-de-Fila e principalmente à Anita (a quem agradecemos a disponibilidade, paciência e hospitalidade de nos ter ajudado com a logística), pudemos descansar e retemperar forças no Café Central.

Após da paragem e já na companhia do Chefe de Fila seguimos directamente para Furtado e para o momento mais simbólico da volta, com a passagem pela aldeia de Vale de Coelho, onde tirámos a foto de grupo.

Castelo de Belver

Seguiam-se 7 km’s a descer para o Tejo, na belíssima aldeia de Belver, local que merece uma visita. A parte inicial da descida é bastante suave, exigindo algum pedal, mas proporcionando velocidades elevadas.

À medida que nos aproximamos de Belver o percurso torna-se mais sinuoso e técnico, permitindo ter uma visão do Rio e do Castelo, com uma paisagem extraordinária.



Vista sobre a Ponte de Belver

Logo após a passagem do Tejo começava a subida do dia, com cerca de 5km’s para o Gavião, sendo que a parte final é a mais complicada.

Na chegada ao Gavião esperava-nos a chuva, que caiu de forma breve mas intensa, prejudicando a descida para a zona de Alvega.

O regresso a Santarém era em termos de terreno mais fácil, com excepção de alguns topos até ao Pego, mas o vento de frente era o principal adversário a ter em conta.

Seguimos em bom ritmo até Rossio ao Sul do Tejo, onde nos despedimos do Chefe de Fila que seguiu para Mação.

A passagem por Tramagal, Constância (Sul) e Arripiado foi feita em ritmo elevado, dado que tínhamos alguns atletas de estrada (Gonçalo e Nuno Duarte) que iam marcando o ritmo juntamente com o António Palma e Nuno Lima.

Antes da passagem na ponte da Chamusca decorreu o acidente do dia.

Não percebi muito bem a razão, mas apenas tive tempo de me desviar do Almeida, levando à queda do Tiago, que não teve hipótese de evitar também ele o alcatrão.

Felizmente que apenas houve pequenos danos materiais e algumas escoriações no intervenientes na queda colectiva (dado que foram 2 as vítimas).

A volta apesar de ensombrada pela queda prosseguiu com direcção a Alpiarça e depois Santarém, concluindo em 8h o desafio proposto.

Finalmente gostava de deixar o meu agradecimento aos amigos que responderam positivamente ao desafio que foi colocado: João Almeida, Tiago Nunes, Nuno Lima, António Palma, Gonçalo, Nuno Duarte e Chefe de Fila (apenas em parte do percurso).
Não podia deixar de voltar a agradecer à Anita o trabalho e o esforço que teve na logística do evento.