quarta-feira, 30 de julho de 2008

1º Passeio BTT do Carvoeiro - 27 de Julho de 2008


Integrado nas festas anuais do Carvoeiro realizou-se, nesta localidade do nosso concelho, o seu 1º passeio de BTT.



Aspecto da concentração de atletas

O BTZ, apesar de desfalcado, pois alguns dos seus atletas andam mais ocupados com outras actividades, não podia deixar de marcar presença.

Será um Bell? Giro?

Presentes estiveram também alguns dos nossos amigos, que não perdem um passeio na nossa zona, como o Sérgio, o Chamusco e o Vítor.

O Filipe com o Sérgio e o Chamusco

A primeira parte do passeio era bastante rápida, sem grandes subidas e desenrolou-se nos estradões da freguesia, com passagem pela Capela, Sanguinheira, Frei João, Degolados e com o reabastecimento na Praia Fluvial do Carvoeiro.

A Praia Fluvial do Carvoeiro
Muitos €€€€€€€€€!


A segunda parte, era mais exigente, já com um bom par de subidas, e de descidas. Pois tivemos de subir para a zona da Serra de Santo António e Serra da Galega.

O Chefe de Fila

Acabou por ser estranho, fazer uma volta na zona de Mação em percursos não muito acidentados. E os Bandos ali tão perto...


Apesar de ser um passeio, houve quem tivesse levado a coisa a sério.
Felizmente que o nosso chefe de fila está numa fase de repouso competitivo, pois assim pude fazer-lhe companhia e desfrutar das belas paisagens e dos bons trilhos que a nossa região proporciona, sem os ritmo maluco da rapaziada que anda lá na frente.



Em termos de organização, apenas existem reparos a fazer quanto às marcações de algumas zonas, que poderiam estar melhores. Tudo o resto esteve ao mais alto nível.

O Chefe de fila quando não está para brincadeiras

26 de Julho 2008 - Obrigado Trek 6500


Muitos quilómetros e 4 anos e 2 meses depois, despedi-me da minha Trek 6500.
Foi com ela que me iniciei no BTT, com que dei as primeiras quedas, com que passei muitas horas de alegria e sofrimento (principalmente nas subidas), com que aprendi muito, que visitei muitos locais e conheci muitas pessoas que de outra forma não conheceria.

Nos Picos da Europa

Como diz o João Almeida, as bikes são instrumentos de prazer, eu acrescento que também podem ser de tortura.

Adeus Trek 6500 e até sempre.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

2ª Maratona BTT Rally Fafe - 12 de Julho de 2008



Desta vez inicio a crónica pelos habituais agradecimentos finais, não apenas porque são merecidos, mas também porque me parece a melhor forma de começar.

Gostava de agradecer ao José Carlos pelo desafio, ao Zé Pereira e ao Sérgio pela companhia nesta aventura, ao António Machado, Miguel Machado, Joana Machado, Adelaide Gouveia, Manuela Machado e Laura da Silva pela hospitalidade e por nos terem recebido e aturado.
Sem eles esta participação na Maratona de Fafe não seria possível.


Percurso:

O percurso foi dos mais complicados que fiz.
A organização tinha anunciado 1.900 metros de acumulado em 80 km’s (quase ao nível das nossas voltas dos Bandos), mas no final o GPS de um amigo do José Carlos de Chaves marcava 2.400 metros de acumulado.
Os primeiros 50 km’s eram quase sempre a subir, sendo que o lema da Maratona era: “a seguir a uma subida, vem sempre uma descida”, mas deveria ter sido “a seguir a uma subida, vem sempre mais uma subida”.


Algumas subidas, para além da dificuldade física, tinham também uma forte componente técnica, o que dificultava mais a vida.
Inesquecível uma subida de 4 km’s, aos 50 km’s, com uma inclinação do c###### (unidade de medida de Mação, para quem não conhece) e que finalizava num singletrack com bastante pedras, junto a um parque éolico.
Um dos outros participante até comentou que parecia uma visita de estudo aos parques eólicos da zona de Fafe.

Foi brutal andar no cimo de uma montanha e ver a Sra. da Graça, uma das etapas míticas da Volta a Portugal em Bicicleta, uns bom metros mais abaixo de onde nos encontrávamos.


Em termos técnicos, era uma maratona de btt e não uma prova de ciclismo em estradão. Não me lembro de ter feito tantos km’s em singletrack na minha vida, e já levo 4 anos disto.
Nos últimos 30 km’s, mais de 20 foram feitos em singletracks, maioritariamente a descer, onde passávamos por cima de pedregulhos, pedras e riachos, que ligavam aldeias.
Numa frase: “assim vale a pena.”

Mas o que ficou da participação na maratona, para além das pernas doridas, foram as paisagens, simplesmente espectaculares, quer no alto das montanhas, quer nos vales, alguns dos quais com cascatas lindíssimas.


Prestação desportiva:

Dado que me encontrava a jogar fora de casa, optei por ficar à defesa, porque o percurso era exigente e a época já vai longa.
No final o balanço pode ser considerado positivo pois fiquei em 38º a cerca de 57 minutos do primeiro.

O Zé Pereira e o José Carlos chegaram um pouco mais atrás, mas ainda assim antes da primeira atleta feminina, uma miúda de 15 anos, que pelo que eles me disseram tem já um bom andamento e uma técnica invejável.

Já o Sérgio, voltou a padecer do Síndrome de Samora Correia, que parece atacar periodicamente a rapaziada do btt daquela zona e cujos sintomas são fraco andamento e tendência para preferir distâncias mais curtas (tipo meias-maratonas).


(Des)Organização:

Esta era a 2ª maratona organizada pela BTT Rinus do S.R. Cepanense, e apesar do empenho que demonstraram, existem ainda alguns pontos a rever.
Parece-me mesmo que estão ligados a algumas questões organizativas os poucos aspectos negativos desta maratona.


Começaram bem, pois escolheram um percurso excelente, apesar de que o problema deles deve ser que zonas excluir, pois devem ter excesso de oferta.

O habitual processo de levantamento de dorsais decorreu sem sobressaltos e com direito a umas meias como brinde (uma inovação ao que estamos habituados).

A partida teve direito a palavras de encorajamento do padre.
Não sei se é hábito no Norte abençoarem os masoquistas que se propõem a levar a cabo semelhante desafio, mas às vezes o BTT é uma questão de fé.



Os abastecimentos pareceram-me estar ao mais alto nível (o José Carlos que o diga) apesar de apenas ter parado no 2º abastecimento, que a fome já apertava.


As marcações do percurso estavam no geral bem feitas, com excepção de algumas zonas onde seria aconselhável colocar indicações de mudança de direcção um pouco antes dos cruzamentos.
Para azar da organização, numa zona do percurso alguém mal intencionado andou a arrancar fitas e a mudar o posicionamento de outras, o que gerou alguma confusão nos participantes.
Como é natural as queixas são sempre dirigidas aos organizadores, que apesar de não terem a culpa, deveriam ter talvez demonstrado maior flexibilidade e tentado resolver o problema com rapidez, até porque tinham algumas motas a acompanhar o percurso, que poderiam ter sido utilizadas para tentar repor a situação.



Penso que também deveriam ter sido colocadas mais algumas indicações de perigo nalguns locais, principalmente descidas, para que os participantes mais distraídos ou incautos não fossem apanhados de surpresa por descidas mais técnicas.



O almoço foi bom, mas o tempo que a organização demorou até começar a entrega de prémios e o sorteio (porque o Zé Carlos estava seguro de que iria ganhar um prémio), foi excessivo, por estarem à espera dos últimos participantes da Maratona.
Em consequência, tivemos direito a repetição da cerimónia de entrega de prémios, o que no caso das atletas femininas não foi mau.



Sempre me disseram que amigo não empata amigo e se os últimos demoram muito tempo a completar o percurso, vão treinar mais, para na próxima vez chegarem a tempo de ver os primeiros receber os prémios. Eu também já passei por isso.

Outro aspecto a rever foi a eliminação do líder da Maratona ao km 20.
O Manuel Melo, que é de Chaves e amigo do José Carlos, que na altura liderava a maratona foi “atropelado” por um motard da organização.
Resultado: foi obrigado a desistir com escoriações (levou uns quantos pontos no joelho) e com um quadro de carbono para a sucata.
O pior mesmo é que por isso não participou no Campeonato Nacional de XC em Marco de Canavezes, e quando parecia estar com um bom andamento (demonstrado também na prova da Taça em Porto de Mós a que assistimos).
Fica aqui uma palavra de encorajamento para ele.


Conclusão:

Não conheço como são habitualmente as maratonas no Norte, pelo que a minha referência são as maratonas cá de baixo.

A Maratona de Fafe foi uma boa maratona, que tem potencial para poder vir a ser uma grande maratona, ao nível das melhores em que habitualmente participamos (Portalegre, Idanha, etc).

Para o ano lá estaremos…….

Site da organização: http://www.srcepanense.com/m08/

domingo, 6 de julho de 2008

Porto de Mós - 06 de Julho de 2008



O BTZ Mação esteve presente na Taça Nacional de XC e DHI de Porto de Mós, não como participante, como é óbvio, mas como espectador.
Isto por culpa do nosso chefe de fila, Filipe, que prefere massacrar os restantes membros da equipa e convidados nas subidas dos Bandos, em vez de se meter com pessoal com o andamento dele.


O Campeão Nacional de SUB-23 de XC David Rosa que ganhou à geral


A convite do José Carlos e do Sérgio, desloquei-me à povoação de Figueiredo, junto a Porto de Mós, para assistir à prova de XC de elites, sub23 e juniores de XC e à 2ª manga de DHI, das respectivas Taças de Portugal.

XC:


Os gajos de Abrantes andam sempre pouco, se treinassem nos Bandos tinham mais andamento.



A prova de XC pode ser definida apenas numa palavra: Brutal!
O andamento é fortíssimo, pois parece que cada volta é a última.



O circuito, delineado numa encosta da serra, tinha zonas de alguma dificuldade técnica, principalmente as descidas e as subidas (com muita pedra solta) e uma longa recta em plano que permitia alguma recuperação do ponto de vista físico.

O André quando corre com pseudónimos de atleta consegue obter melhores classificações, ainda assim 19º lugar à geral não é nada mau.

Foi interessante ver em acção alguns dos melhores atletas nacionais de XC, pois sempre se aprende alguma coisa a ver a forma como eles abordam as zonas mais técnicas, a maneira como descem, como sobem, etc.



No que diz respeito à classificação final, acho que toda a gente que se esforça daquela maneira pode ser considerado um vencedor.



Em resumo: para ver pernas rapadas, prefiro as das mulheres.


O pelotão de júniores. Desta vez o Ricardo Marinheiro ficou em 2º.

Downhill:

A melhor definição da prova de Downhill é: os gajos são completamente doidos!

O local preferencial para a realização de provas deste tipo deveria ser junto aos Hospitais, de preferência com bons especialistas de ortopedia e de psiquiatria.
Apenas pude acompanhar a parte final do percurso, que ficava junto ao circuito de XC, mas que permitia avaliar o grau de sanidade mental dos participantes.

É assombroso e impressionante ver o sangue frio, coragem e loucura que é necessário ter para fazer aquilo que a maior parte dos pilotos faz.

Melhor do que as palavras, são as imagens que documentam o que se passou.
Espero muito em breve colocar aqui alguns vídeos que fiz com o telemóvel, para terem uma melhor compreensão do que significa fazer Downhill.

A prova foi ganha à geral pelo Emanuel Pombo, dado que o Cláudio Loureiro teve um furo na 2ª manga e não conseguiu melhorar o tempo da manhã.
Em femininas ganhou a Áurea Agostinho, com bastante avanço, e não apenas em termos de tempo.

Em resumo: mesmo com montes de tralha em cima, é preferível ver mulheres a fazer Downhill.

22 de Junho de 2008 – This is a low

8 meses e 2 dias depois, voltei ao local onde acabou um sonho, talvez com a intenção de completar algo. No entanto, apenas cheguei à conclusão que, por mais que tente, isso nunca será possível, pois essa volta, e tudo o que se lhe seguiria, ficará para sempre por realizar e concretizar.

Uma palavra de agradecimento às pessoas que nos momentos difíceis da minha recuperação se preocuparam comigo e me apoiaram.